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Campo Grande, 18 de abril

Agereg e Consórcio dizem que paralisação de motoristas é ilegal

Sindicato respondeu que em caso de não pagamento do salário, não é preciso aviso prévio

Por Ingrid Rocha
21/06/2022 • 13h00
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Em meio a paralisação dos motoristas surge um embate entre Sindicato dos Motoristas do Transporte Coletivo e Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg). O diretor-presidente da Agereg, Odilon Júnior, disse que a paralisação é ilegal, pois era necessário que a prefeitura fosse avisada antes da situação e que 30% da frota continuasse circulando.

“A gente foi pego de surpresa [paralisação dos motoristas de ônibus na Capital], porque sempre tivemos um bom relacionamento com o sindicato e esperávamos que se ocorresse uma situação como essa, que eles nos comunicassem com 72 horas de antecedência, fizessem uma assembleia, tudo como prevê a legislação, a Lei 7.803. Todavia isso não foi realizado.”.

O diretor ainda disse que já notificou o Consórcio Guaicurus para que restabeleça imediatamente os serviços em Campo Grande.

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O Consórcio Guaicurus protocolou uma ação na justiça questionando a legalidade da paralisação dos motoristas. No documento eles apontam o mesmo destacado pelo Município: comunicado 72 horas antes e 30% dos ônibus circulando. Levando em consideração que o transporte coletivo é um serviço público essencial.

Em entrevista à CBN Campo Grande o diretor financeiro do Sindicato dos Motoristas do Transporte Coletivo, William Alves da Silva, disse que a paralisação não é ilegal, pois quando se trata de pagamento de salário, eles podem sim parar sem aviso prévio e oficial.

“Se fosse uma negociação salarial, por exemplo, e não teve acordo, daí você tem que fazer esses trâmites, mas como deixaram de pagar o trabalhador, você pode tomar essas providências e assim, para se decidir se a greve é ilegal ou não, é só a justiça.”.

 

Pedido de ajuda

O diretor-presidente da Agereg, Odilon Júnior, apontou que o momento é de conversar com os setores para se chegar à uma solução. O representante da agência ainda destacou que o Estado e União deveriam participar dessa discussão.

“É um problema que é responsabilidade do Município, do Estado e da União. O Estado pode arcar com as suas gratuidades – para se ter uma ideia, o município responde por 11% e a gratuidade do estado impactaria em 40%, aos custos de hoje seria de R$ 1,8 milhão que o Estado poderia arcar. A União também poderia arcar com os idosos. Isso tudo aliviaria o fluxo de caixa e seria um contrapeso a esse aumento que teve.”.

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