Lavouras do cone sul do Estado estão entre as mais afetadas pela estiagem. - Foto: Reprodução/relatório Aprosoja MSA estiagem severa que atingiu lavouras de soja em praticamente todo Mato Grosso do Sul reduziu as estimativas para a safra 21/22. Inicialmente, era esperada uma produção de 12,773 milhões de toneladas que agora deve ser de 12,164 milhões. Na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 12,306 milhões, a queda deve ser de 8,58%.
Os números são do levantamento feito pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja MS) e mostram que a produtividade também deve cair 4,77%, passando de 56,38 sacas por hectare para 53,69.
“Quando comparamos a produtividade da safra passada 2020/2021 temos uma retração de 14,56% na produtividade, passando de 62,84 sc/ha para 53,69 sc/ha. Já na produção temos uma retração de 8,58%, passando de 13,306 milhões para 12,164 milhões de hectares”, aponta o relatório.
Em razão da situação de seca, o governador Reinaldo Azambuja publicou decreto, na última terça-feira (4), de situação de emergência nos 79 municípios sul-mato-grossenses em função dos impactos da seca e estiagem no agronegócio do Estado, especialmente na produção de grãos.
O relatório divulgado pela Aprosoja traz agora “elementos mais consistentes sobre os impactos que a escassez de chuva já provocou nas lavouras de soja em diversas regiões do Estado. Algumas regiões foram mais prejudicadas, principalmente o Cone Sul e Sudeste. Houve uma redução de 569 mil toneladas na estimativa de safra de soja e é importante lembrar que muitos desses produtores já tiveram prejuízo com a safra de milho no ano passado”, explica o secretário de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
Na próxima quinta-feira (13), está prevista visita da ministra Tereza Cristina a Mato Grosso do Sul. “Vamos acompanhar a ministra em visitas a algumas lavouras de soja que sofreram prejuízo com a estiagem. Nosso trabalho junto ao governo federal é no sentido da garantia da indenização das plantações cobertas pelo seguro e nas questões referentes ao pagamento de crédito rural”, finaliza Verruck.
