RÁDIOS
Campo Grande, 23 de abril

MS oficializa dois decretos de situação de emergência

Declarações estão relacionadas à estiagem e aos incêndios em áreas de preservação

Por Giovanna Dauzacker
13/07/2021 • 10h45
Compartilhar

Foram publicados, no diário oficial desta terça-feira (13), dois decretos de situação de emergência para Mato Grosso do Sul por 180 dias. Um deles está relacionado aos incêndios florestais e outro à estiagem.

O primeiro se dá em razão do fogo em áreas de preservação e considera os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostram que entre junho e junho deste ano, foram registrados 3.693 focos de calor, que atingiram 72 municípios sul-mato-grossenses.

A maioria dos focos são na região da Serra da Bodoquena e do Pantanal. Somente nas cidades de Bonito e Jardim, o fogo já queimou mais de 3.700 hectares nos últimos dias. As chamas começaram na última sexta-feira (09) e foram controladas no domingo (11).

CBN: BANNER 01 KAMPAI 11.04 A 30.04.2024 DIAS ÍMPARES
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O segundo decreto leva em consideração o índice de chuva abaixo de 33mm/mês, que ocorreu em algumas regiões do Estado, entre março e junho, e que afetou o abastecimento de água.

Além disso, tem como base também a situação da segunda safra de milho, que foi bastante atingida com a seca e agora sofre com as geadas, sendo observadas perdas na produtividade.

Com os decretos, ficam autorizados que órgãos competentes atuem nessas regiões e destinem recursos e equipamentos para abastecimento e para conter os incêndios.

Vale lembrar que Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal, que compõem a bacia do Rio Paraná, estão em Alerta de Emergência Hídrica até setembro de 2021, em razão da falta de chuva.

 

Combate às chamas

O fogo, que queimou 3.700 hectares na região de Bonito e Jardim, foi controlado. Segundo o chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Arruda, as equipes enviadas ao local ficarão até a quinta-feira (15), para evitar que o incêndio volte.  

“Nós estamos na fase de rescaldo, em que, com as condições favoráveis para que o fogo recomece, as equipes ficam monitorando a área para evitar o retorno do fogo”, afirma.

Na região do Pantanal, a área devastada é ainda maior, cerca de 22 mil hectares já foram queimados. “A região mais crítica é da Nhecolândia”, explica o tenente-coronel.

Em Porto Murtinho, também numa área pantaneira, foi registrado um foco isolado, que, segundo o tenente-coronel, já foi combatido. Já para Corumbá, cerca de 80 militares foram destinados, por meio da Operação Hefesto, que visa combater o fogo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de CBN Campo Grande