RÁDIOS
Campo Grande, 20 de abril

Paratletas de MS são esperança de medalha em Tóquio

Ao todo, sete sul-mato-grossense participam os Jogos Paralímpicos em solo japonês

Por Isabelly Melo
24/08/2021 • 08h30
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Com previsão de encerramento no dia 5 de setembro, começa nesta terça-feira (24) os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Composta por 434 brasileiros, entre paratletas, staff e comissões técnicas, a delegação brasileira já está em solo japonês. Essa é a segunda maior delegação que o Brasil já enviou para uma Paralimpíadas.

A primeira disputa dos brasileiros será no Golbol masculino, contra a Lituânia, às 20h (horário de Brasília). Entre os 260 paratletas que vão em busca da colocação mais alta do pódio, sete são de Mato Grosso do Sul.

O campo-grandense Yeltsin Ortega Jacques, 29, tem baixa visão e disputa as provas de corrida no atletismo, com grande chance de medalhas. Yeltsin já tem na bagagem três ouros, sendo um nos 1.500m dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, e outros dois nos 1.500m e nos 5.000m dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015. Além de uma prata nos 1.500m e um bronze nos 800m do Mundial da França 2013.

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Ricardo Costa de Oliveira, 39, é natural de Três Lagoas e especialista em salto em distância. Ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, Ricardo possui a doença de Stargardt, que é uma doença hereditária que afeta a visão central e impossibilita distinguir as cores e a percepção de pequenos detalhes. Com duas medalhas já conquistadas, o ouro no Rio e um bronze no Mundial de Londres 2017, o três-lagoense vai em busca de mais títulos.

Também no atletismo, Fabricio Júnior Barros, de Naviraí, nasceu com toxoplasmose e teve um descolamento na retina aos 14 anos, em decorrência da doença que afeta a visão. Fabrício conheceu o esporte paralímpico em 2013, por meio de uma associação para deficientes visuais, daí em diante ingressou no atletismo, tendo conquistado, até o momento, um ouro (100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019), e dois bronzes, um nos 100m do Mundial Dubai 2019 e outro nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

Única mulher sul-mato-grossense dentro do atletismo, a três-lagoense Silvânia Costa de Oliveira chega com moral em solo japonês, após garantir o topo do pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, além do ouro no salto em distância dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e no Mundial de Doha 2015. Assim como o irmão, Ricardo Costa de Oliveira, Silvânia foi diagnosticada com a Doença de Stargardt. Silvânia começou no atletismo em 1998, sem treinamento, aproveitando uma oportunidade para poder comprar alimentos para a filha, Letícia Gabriela, que hoje tem 15 anos.

As chances de medalha para Mato Grosso do Sul contam ainda com o conhecido, ‘Cowboy de Aço’, Fernando Rufino. Craque da canoagem, Rufino é natural de Itaquiraí, e descobriu o paradesporto após perder o movimento das pernas, ao ser atropelado por um ônibus. Multicampeão, Rufino foi tem uma vasta coleção de medalhas internacionais, a começar pelo bronze no caiaque no Mundial de Milão 2015, disputado na Itália. Somado ao ouro no Campeonato Sul-Americano de Canoagem em Paipa 2017, na Colômbia, bronze no caiaque e prata na canoa no Mundial em Mantemor-o-Velho 2018, em Portugal e ouro no caiaque e na canoa no Campeonato Pan-Americano em Dartmouth 2018, no Canadá;

Também da canoagem, Débora Raiza Ribeiro, que nasceu com má-formação nos membros inferiores, entra nas águas para representar MS. A paracanoísta carrega no peito medalhas de todas as cores; O ouro conquistado no caiaque e na canoa no Campeonato Pan-Americano 2018, em Dartmonth, no Canadá; a prata na canoa no Mundial de Racice 2017; ouro no caiaque no Campeonato Sul-Americano de Canoagem 2017, em Paipa, na Colômbia; prata na canoa no Mundial da Alemanha 2016 e bronze na canoa no Mundial de Milão, em 2015.

Para além das pistas, areias e das águas, Mato Grosso do Sul tem mais um representante em Tóquio, o staff Vilmar Roberto Dias, que será um dos guias da maratonista Edneusa de Jesus. Nascido em Fátima do Sul, Vilmar poderá também sentir o gostinho de subir ao pódio em Tóquio, visto que a baiana Edneusa de Jesus pretende repetir o feito no Rio 2016, quando conquistou o bronze na maratona dos Jogos Paralímpicos.

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