RÁDIOS
Campo Grande, 28 de março

PDT de MS recebe interventor nesta quarta-feira para debater futuro do partido

Diretoria regional escolheu apoiar Riedel, mas Executiva nacional prefere se aproximar de Marquinhos Trad

Por Nyelder Rodrigues
27/04/2022 • 09h36
Compartilhar

De um lado, líderes regionais apoiadores do tucano Eduardo Riedel. Do outro, diretores nacionais que preferem uma aproximação com o ex-prefeito campo-grandense Marquinhos Trad (PSD). Essa é a atual situação enfrentada pelo PDT de Mato Grosso do Sul, que deve definir em breve qual caminho tomar para o pleito de outubro.

É com esse cenário de insatisfação geral que a sigla recebe nesta quarta-feira (27) o interventor Marcelo Panella, tesoureiro nacional do partido e nome escolhido para chefiar o diretório local até pouco depois das eleições deste ano.

A medida foi tomada pela Executiva nacional após o ex-presidente da legenda em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Dagoberto Nogueira, anunciar sua saída e ida para o PSDB, que hoje faz parte de grupo de aliados e onde ele teria mais chances de se reeleger.

CBN: BANNER CTC MARÇO 2024
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O comando ficou nas mãos de um velho cacique, João Leite Schimidt, mas o poder ficou com ele por pouco tempo, já que a intervenção destituiu não só ele, mas todo o diretório regional. Em seus lugares, além de Panella, dois nomes chamaram a atenção: o do advogado e recém filiado José Belga Trad, e de Alelis Izabel de Oliveira Gomes.

Belga Trad é primo de Marquinhos, enquanto Alelis é a atual secretária de Educação da prefeitura, substituindo Elza Fernandes, que saiu do cargo para concorrer às eleições. A situação aumentou a crise que já assolava o partido no Estado.

O PDT tem procurado uma plataforma para Ciro Gomes tida como "neutra", ou seja, não esteja abraçada com outra pré-candidatura. Riedel já anunciou que tem como prioridade o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-ministra Tereza Cristina (PP), mas que segue aberto para receber as siglas consideradas mais à esquerda, como é o caso do PDT e também do PSB.

No fechamento da janela partidária, a saída de Dagoberto para o ninho tucano ocorreu em paralelo à filiações de dois nomes ligados ao governo de Reinaldo Azambuja (PSDB): o deputado estadual Lucas de Lima e o ex-secretário e ex-deputado Enelvo Felini. Ambos vão concorrer à uma cadeira na Assembleia Legislativa e migraram justamente para isso.

Contudo, as campanhas de ambos ficam em xeque a partir dessa mudança e intervenção da Executiva nacional. O encontro entre Panella e correligionários sul-mato-grossenses não tem horário divulgado, mas deve ocorrer na sede do partido em Campo Grande. Antes, Panella deve ainda fazer reuniões individuais, uma delas com Lucas de Lima.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de CBN Campo Grande