Acadêmicos continuam realizando manifesto na reitoria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com reivindicações para manutenção dos cursos da Faculdade Intercultural Indígena. O movimento é de alunos do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDUC). 

Com colchões e até barraca, eles dizem que ficarão acampados até um posicionamento concreto da reitoria sobre as reivindicações. Entre as pautas dos acadêmicos estão a inclusão dos cursos na matriz da universidade e que se garanta acesso e permanência neles, através de refeições, bolsas, material didático pedagógico, ciranda infantil e infraestrutura. 

Outras demandas são a construção de uma Casa de Alternância para os estudantes da faculdade e o custeio integral, por parte da UFGD, para todos os semestres. Nisso está incluso os transportes, alimentação e alojamento.

A acadêmica Aline de Souza da Silva cursa o 2° semestre do curso e destaca que participa da luta por medo do curso ser extinto. Ela também cita temer não ter estadia e destaca que muitas pessoas não poderiam concluir a graduação se não contasse com esse suporte. 

"É minha realidade e de muitos. Sem um espaço para ficarmos, como vou terminar minha graduação?” A gente vê a Faculdade Intercultural Indígena como uma conquista com muita luta e não podemos deixar que isso acabe", apontou.

Os acadêmicos estão desde ontem quinta-feira (9) acampados na reitoria. O encontro contou com a participação de uma comissão composta por 10 estudantes, três professores da faculdade, o vice-reitor Arquimedes Gasparotto Junior e o chefe de gabinete da Reitoria, Fábio Negrão.

Os acadêmicos também pediam a presença – mesmo via chamada de vídeo – do reitor Lino Sanábria, o que não aconteceu por estar em período de férias. Nesta manhã, o movimento estudantil realiza um ato no local para lembrar os três anos de intervenção da UFGD e como forma de cobrar respostas das pautas por parte da instituição.

POSIÇÃO

Em nota publicada no portal oficial da UFGD, a instituição mostra que pediu prazo até o final do mês para analisar tecnicamente as pautas solicitadas pelo grupo, e aí então apresentar posicionamento posterior. Também ficou definido a criação de uma comissão mista com representantes da faculdade e a gestão da UFGD para estudar soluções.