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Três Lagoas, 20 de abril

As máscaras caíram?

Leia o editorial do Jornal do Povo deste sábado

Por Redação
12/03/2022 • 09h55
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Em parte caíram, mas certamente o bom senso fará com que as pessoas continuem usando para sua proteção. É fato que a incidência de contaminação pelo Covid-19 está em queda. E, os vacinados estão mais a salvo do que aqueles que relutam por suas convicções equivocadas em não se vacinarem. As estatísticas da atualidade demonstram que a maioria que vai a óbito são os que integram o grupo dos não vacinados, infelizmente.

O bom senso e a prevenção indicam que devemos continuar por livre e espontânea vontade continuar a usar máscara, porque está mais do que comprovado que todas às vezes que nos aglomeremos corremos riscos em nos infectarmos. As medidas cautelares devem continuar a ser observadas espontaneamente. Nada contra a não utilizar máscaras ao ar livre, notadamente, na via pública. É certo que livraremos dos efeitos das endemias pelas nossas atitudes, através da adoção de medidas preventivas recomendadas pelas autoridades sanitárias. A população precisa ter consciência das suas obrigações. Não é só o Covid- 19 que ameaça cada um de nós.

A Dengue e a Leishmaniose são doenças que surpreendem as pessoas por conta da falta de cuidados com o nosso meio ambiente. Água empoçada e lixo espalhado por todos os lados são ambientes propícios para estas infestações, que também acometem pessoas e podem, também, levar à morte. Vivemos tempos difíceis, sequer sabemos se as bactérias que se espalham mundo afora terão fim, ou se daqui mais um tempo, outras moléstias virão à tona, por quaisquer motivos, seja pelas mudanças climáticas, ambientais ou pela ação do homem.

Mas, o tema máscara também nos remete a outro pensamento, que não é o uso da máscara propriamente dito, mas a máscara que esconde a inércia, a omissão e até mesmo o descaso com que se trata um determinado assunto. Pegou todos de surpresa e que acompanham a novela da retomada da construção da fábrica de fertilizantes – a UFN-3, a condução de negociações com a empresa russa Acron, que aventa tornar essa indústria estratégica para o país em busca da autossuficiência na produção de fertilizantes. Transformá-la mesmo que temporariamente em misturador de fertilizantes é um crime de lesa pátria. Primeiro, porque não resolve a questão fundamental que é a produção interna de fertilizantes e, segundo, porque não estabelece dia e hora para cessar, a possível mistura de fertilizantes que querem processar na fábrica concebida para produzir fertilizantes nitrogenados. A Petrobras é uma empresa brasileira, portanto, dos brasileiros.

O governo federal é seu maior acionista. E à ele cabe deliberar as estratégias para o Brasil alcançar sua autossuficiência nesse setor e a conclusão e entrada em operação desta fábrica para abastecer o agricultor brasileiro, que hoje pena pagando R$5 mil reais a tonelada de fertilizantes. Além da ureia e amônia que produzirá, temos as fontes naturais de fosfato e potássio. Essas minas devem ser aproveitadas de maneira racional, sem avançar sobre as reservas indígenas de maneira inadequada. Portanto, é certo que estamos diante de duas máscaras, uma que salva e nos coloca livre de contágios de vírus causadores de terríveis doenças e outra, aquela que utilizam para postergar providências, decidir e conduzir sofregamente o interesse nacional. Essa é a da desfaçatez.

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