Ônibus com trabalhadores que saíram de Três Lagoas com destino à fábrica no Paraná capota deixando 10 mortos. - Divulgação/Alceu Nascimento RCPAo menos 10 trabalhadores que iriam trabalhar na manutenção da fábrica de celulose e papel da Klabin morreram e outros 26 ficaram feridos após o ônibus que os levava para a cidade de Telêmaco Borba (PR) capotar em uma ribanceira. O acidente ocorreu na madrugada desta quinta-feira (31), na rodovia PR-090, na cidade de Sapopema, região norte do Paraná.
O acidente aconteceu no final de um trecho de serra, conhecido como Serra Fria. Faltavam menos de 100 km para os passageiros chegarem ao destino quando o ônibus caiu e mobilizou ao menos 40 viaturas do Corpo de Bombeiros da região, do Samu e ambulâncias de prefeituras vizinhas.
Segundo informações da imprensa local, o motorista do ônibus teria perdido o controle da direção em uma descida na serra e o veículo capotou na ribanceira. Após o tombamento, o ônibus rodou por aproximadamente 200 metros até parar em uma área plana.
Ainda durante a madrugada as equipes de resgate de Telêmaco Borba, Sapopema, Ibaiti e Tibagi ajudaram no resgate das vítimas e na busca por trabalhadores que foram arremessados para fora do ônibus indo parar a mais de 50 metros do local do acidente. As buscas se concentraram em três equipes, sendo que uma buscava por vítimas na região de mata próximo de onde o ônibus tombou e rolou, outra na remoção de trabalhadores que ficaram presos às ferragens e a última que lutava para retirar corpos de trabalhadores que foram prensados pelo veículo.
Todas as vítimas teriam saído de Três Lagoas. Eles estavam trabalhando na parada geral para manutenção preventiva e corretiva da fábrica de celulose Suzano. Todos os trabalhadores iriam realizar o mesmo trabalho em Telêmaco Borba (PR), onde há uma fabrica de celulose e papel da Klabin. O ônibus e os trabalhadores pertenciam a uma empresa terceirizada FLJ Engemec Engenharia Eirelli LTDA, com matriz em Três Lagoas, e que presta serviços à várias fábricas do setor de celulose. A equipe de reportagem tentou por diversas vezes contato pelo telefone da empresa, que consta no cadastro nacional. Mas ninguém atendeu as ligações para atualizar informações sobre os trabalhadores.
A Polícia Rodoviária Estadual (PRF) do Paraná informou que o trecho onde houve o acidente é perigoso e chovia muito na hora do acidente. Após o resgate das vítimas que sobreviveram, as ambulâncias distribuíram os trabalhadores por vários hospitais de cidades vizinhas. Já as vítimas fatais foram levadas para o IML (Instituto de Medicina Legal) de Londrina.
