Exames confirmaram que botulismo foi a causa da morte dos 1,1 mil bovinos em uma propriedade rural, no município de Ribas do Rio Pardo, em 7 de agosto. Em nota técnica divulgada nesta sexta-feira (11), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) e a Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul (SFA/MS) informam que os animais sofreram infecção alimentar.
Os animais foram estavam confinados na fazenda Marca 7 de propriedade do pecuarista Pérsio Airton Tozzi. Ele estima prejuízos de mais de R$ 2 milhões. De acordo com a Iagro, os primeiros resultados dos ensaios laboratoriais das amostras da silagem de milho fornecida aos bovinos do confinamento, demonstraram a presença das toxinas botulínicas tipo C e D, confirmando a suspeita inicial do setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Dessa forma, a presença destas toxinas no alimento dos animais, somada à investigação clínico-epidemiológica realizada na propriedade rural, permite a conclusão do caso com o diagnóstico de botulismo.
“Vale ressaltar que não se trata de doença infectocontagiosa, mas sim de uma intoxicação alimentar. O clostridium botulinum, bactéria produtora da toxina, está normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose, o que pode ser evitado com boas práticas e cuidados na formulação, conservação e armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais”, consta trecho da nota.
O botulismo ataca o sistema nervoso do animal provocando paralisia motora e o período de incubação é de uma semana a oito dias.