Venda

Chilenos tentam fechar compra da Eldorado hoje

Venda da fábrica de celulose de Três Lagoas pode ser concretizada nesta quinta-feira

3 AGO 2017 • POR Ana Cristina Santos • 06h31
Venda da fábrica de celulose de Três Lagoas pode ser concretizada nesta quinta-feira - Arquivo/divulgação

A venda da fábrica de celulose Eldorado Brasil, em Três Lagoas, pode se concretizar hoje. A empresa chilena Arauco espera fechar hoje o acordo com a J&F Investimentos.

Em junho a Arauco assinou um acordo de exclusividade com a J&F para negociar a compra da Eldorado . O acordo expira nesta quinta-feira (3). Hoje deve ser concluída também a auditoria nos ativos da Eldorado.

 O levantamento nos ativos da empresa já teria identificado pelo menos R$ 500 milhões em passivos.  Os chilenos já teriam oferecido R$ 14 bilhões pela fábrica de celulose de Três Lagoas.

Os chilenos estão conscientes de que outros grupos têm interesse na compra da fábrica, por isso tentam superar os últimos pontos em discussão para concretizar a transação hoje.

Segundo uma fonte ouvida pelo Jornal Valor Econômico, há um empenho para se fechar a compra e, assim, evitar que outros interessados apresentem suas propostas. "Entretanto, nessas situações o risco de não haver acordo sempre existe", ponderou o interlocutor , acrescentando que já haveria acordo sobre o preço a ser pago.

BLOQUEIO

Ainda segundo o Valor Econômico, decisão publicada ontem pelo  Tribunal de Justiça de São Paulo, que acatou em parte um pedido de liminar apresentado pela empresa Viscaya Holding Participações, Intermediações, Cobranças e Serviços, empresa do doleiro Lúcio Funaro, e que bloqueou os bens da Eldorado, pode atrapalhar na venda da fábrica.

De acordo com o Jornal Valor Econômico, a empresa de Funaro, que prestou serviço para o grupo, solicitou o bloqueio de bens da J&F, mas a juíza Luciana Bassi de Melo, da 5ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros, acatou em partes a liminar e bloqueou apenas os bens da Eldorado.

A magistrada destacou a venda de ativos, apontando a probabilidade de insolvência , o que poderia deixar sem respaldo o valor pleiteado pela empresa de Funaro.