Três Lagoas

Biólogo sugere controle das capivaras com vasectomia

Levantamento revela a existência de 158 capivaras na Lagoa Maior em Três Lagoas

4 SET 2017 • POR Ana Cristina Santos • 14h58
Levantamento revela a existência de 158 capivaras na Lagoa Maior em Três Lagoas - Ana Cristina Santos/JPNEWS

O biólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Gustavo Rodrigues, sugere o controle das capivaras que habitam a Lagoa Maior, em Três Lagoas, com a realização de vasectomia nos machos.

Gustavo explicou que não se trata da castração, mas sim de vasectomia. Esse tipo de procedimento, segundo o biólogo, não interfere no comportamento do animal. Ele perde a capacidade de reprodução, mas não a aptidão de manutenção do grupo, voltando ao habitat sem qualquer prejuízo ao comportamento.

O professor da UFMS está em Três Lagoas a convite do secretário de Meio Ambiente, Celso Yamaguti, que antes de tomar qualquer decisão em relação aos animais que habitam a Lagoa Maior, tem consultado a opinião de especialistas da área.

Levantamento da secretaria revela a existência de 158 capivaras na Lagoa Maior, entre fêmeas e machos, adultos e filhotes. Para o biólogo da UFMS, a lagoa comporta essa quantidade de capivaras, e no momento, não existe a falta de alimentos no local, segundo ele. “Basta olhar que as capivaras estão gordas”, comentou.

Além da vasectomia, conforme o professor, existem outros meios para se fazer o controle das capivaras. A possibilidade de manejo de algumas, é uma delas. Entretanto, entende que, nesse momento não haveria a necessidade, por entender que a Lagoa Maior é um habitat ideal para elas. O manejo, segundo ele, causa transtornos aos animais, além de custos ao poder público.

O secretário de Meio Ambiente disse que nenhuma atitude será tomada de imediato, e que tudo tem de ser bem analisado, assim como ocorreu em relação à retirada de três jacarés da Lagoa Maior.

Quanto à possibilidade de doença, o professor informou que, em Mato Grosso do Sul não existe nenhum caso de febre maculosa, provocada pela bactéria Rickettsiarickettsii, transmitida através de carrapatos que hospedam em capivaras.