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Escola em tempo integral é confirmada e gera revolta em Três Lagoas

Professores e alunos preparam possível manifesto para a sexta-feira (29) na Afonso Pena

28 SET 2017 • POR André Barbosa • 18h22
A Afonso Pena detém cerca de 70 professores e 1.400 alunos. Cerca de 500 estão matriculados no ensino médio. - Arquivo/JP

Está previsto para a sexta-feira (29), às 10h, reunião entre pais e a Coordenação de Formação Continuada (Cefor), para debater a implantação da ‘Escola de Autoria’ na Afonso Pena, em Três Lagoas. No início da semana, houve uma tentativa de apresentação do sistema de ensino em tempo integral, solicitada pela direção da unidade escolar, mas, os professores não teriam concordado com a medida e o evento acabou interrompido. Informações dão conta de que um protesto será realizado pelos alunos, com faixas e cartazes, contrários a implantação.

Em Três Lagoas, a Escola de período integral deverá ser implantada de fato, em 2018, com ou sem aprovação dos professores. De acordo com a coordenadora Regional de Educação, Marizeth Bazé Kiill, a Escola Estadual Afonso Pena está apta a receber a ‘Escola de Autoria’ e que, pelo menos outras 12 no Estado, já funcionam com o sistema. “Estamos em fase de apresentação do sistema, para professores e pais, a pedido das direções das escolas. O primeiro trabalho para a implantação, é o de ampla divulgação. Os próprios diretores das 12 escolas do município, já fizeram a capacitação em Campo Grande. As escolas só têm a serem beneficiadas”, explicou.

Entretanto, ao tentar apresentar o sistema para os professores da Afonso Pena, Marizeth acabou por desistir, devido aos protestos. “Foi um primeiro contato difícil. A insatisfação é imprópria. Visitamos as escolas e não existe desistências. O professor terá a garantia de sua lotação. Os educadores do ensino fundamental são os que mais estão preocupados, desnecessariamente. Todos passarão pela capacitação”, justificou.

Um representante dos professores e alunos da Afonso Pena informou que um protesto deverá ser realizado no momento da reunião com os pais, nesta sexta-feira, às 10h. “A escola em si, não comporta o ensino integral. Precisa de reforma, tem área que está com o teto caindo. Não tem estrutura, ar condicionado ou ventilador, nem oferece alimentação boa para os estudantes. Imagine ficar o dia todo, sem água gelada, por exemplo. Somos contra, até mesmo porque não oferece garantia ao professor”, disse.

Finalizando, Marizeth afirmou que a Secretaria de Estado da Educação promoverá reformas no estabelecimento de ensino, adicionando refeitório, ala de apresentações de teatro e contratação de mais funcionários para a implantação da ‘Escola de Autoria’. “Nenhum professor vai perder com isso. Não mexemos na legislação de direitos do educador.

A Afonso Pena detém cerca de 70 professores e 1.400 alunos. Cerca de 500 estão matriculados no ensino médio. A coordenadora estima que, ao menos, 160 adiram ao em tempo integral.