Três Lagoas

Produtores não têm opção para vender gado no Estado

Paralisação de sete unidades frigorificas em MS já acarreta em prejuízos para pecuaristas

19 OUT 2017 • POR Ana Cristina Santos • 13h40
Presidente do Sindicato Rural em entrevista ao RCN Notícias - Ana Cristina Santos/JPNEWS

A JBS dos irmãos Weslley e Joesley Batista interromperam nesta semana o abate em sete unidades no Mato Grosso do Sul. A decisão deve-se ao bloqueio de R$ 730 milhões da conta da empresa determinado pela Justiça a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado que apura irregularidades fiscais e tributárias nos negócios do grupo.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Marco Garcia de Souza, a paralisação das atividades já tem causado impacto no Estado, pois pecuaristas não têm opção para vender o gado em Mato Grosso do Sul. 

“O impacto é imediato, e ocorre em todo o Estado”, destacou, ressaltando que pecuaristas da cidade mesmo com a nota emitida para o transporte do gado para o frigorífico, foi cancelado o embarque pela JBS.

Para quem tem gado em confinamento, segundo ele, o prejuízo é grande. “O custo diário em confinamento é muito alto. Cada dia que o animal fica lá, o custo se torna mais alto ainda, pois além de ter maior consumo, não tem ganho de peso”, comentou.

Quem tem animal no pasto, também já teve o abate cancelado, ou adiado, pois a gente não sabe o retorno das compras pelos frigoríficos. “O produtor hoje não tem opção para vender no Estado”, comentou.

A paralisação das atividades dos frigoríficos pode acarretar em 15 mil demissões no Estado, bem como na redução de impostos.