Observatório

'A ferro e fogo, não dá', Ronaldo Miziara

Na era da informação imediata, da busca pela diplomacia e das técnicas de gerenciamento de conflito, ao contrário de outros tempos, perde quem grita mais

2 JAN 2018 • POR Redação • 20h50
Se Zezé di Camargo fosse um coach, o que ele diria ao prefeito de Paranaíba? - Reprodução / Internet

Na música “A Ferro e Fogo”, cantada pela dupla Zezé di Camargo e Luciano, há um trecho que poderia decifrar o discurso do vereador Carlos Renato Garcia (Corujinha) do PSDB ao se posicionar contrário ao projeto da ‘taxa do lixo’ em Paranaíba. De acordo com o vereador, que foi seguido em sua fala por outros colegas, “não adianta tentar colocar projeto goela abaixo dos vereadores”. O trecho da canção da dupla sertaneja diz que “A ferro e fogo, não dá”. A falta de quórum na sessão extraordinária solicitada pelo prefeito Ronaldo Miziara (PSDB) para, mais uma vez, tentar colocar em pauta a votação de uma modificação no modelo de cálculo de cobrança da ‘taxa do lixo’ - ainda não vigente no município - e a troca de farpas entre apoiadores do prefeito e opositores – maioria esmagadora -  nas redes sociais, deixam claro que há um sério problema de liderança do Executivo na Câmara Municipal. Sobrepondo os dispositivos e discussões ideológicas, fica evidente que as funções de assertividade, diálogo e gerenciamento de conflitos precisam ser atualizadas pelo prefeito e seu líder no legislativo. Nos bastidores, alguns vereadores afirmam que “não são empregados do prefeito ou do seu líder” e que “não são obrigados e não temem gritos e berros”. Parece que tanto no amor, quanto na política, “a ferro e fogo, não dá”, diria o "coach" Zezé.