Febre amarela?

Macaca é encontrada ferida em propriedade rural de Três Lagoas e gera alerta

Amostras de sangue foram coletadas e serão analisadas se animal possuía febre amarela

23 JAN 2018 • POR Tatiane Simon • 15h36
Animal foi resgatado na tarde desta terça-feira (23) por equipes da PMA e CCZ - Divulgação/Assessoria

Uma macaca da espécie Bugio foi encontrada com muitos ferimentos por moradores de uma propriedade rural, a aproximadamente 15 quilômetros de Três Lagoas, na região da Ilha Comprida, na tarde desta terça-feira (23). Um deles acionou a Polícia Militar Ambiental (PMA) de Três Lagoas, que foi ao local com uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Segundo a PMA, animais da espécie são comuns na região.

Animal foi recolhido e passa por exames de sangue
Foto: Divulgação/Assessoria

Na propriedade rural, a equipe constatou que o macaco estava com diversas lesões pelo corpo.

Risco

De acordo com veterinário e coordenador do CCZ, Hugo Nogueira Faria, é baixa a possibilidade de o animal ter contraído a Febre Amarela, mas ainda assim, o fato gera alerta até a divulgação do resultado de exame sanguíneo. 

“Acreditamos que tenha sido vítima de algum outro animal, pois os ferimentos se assemelham a mordidas. Mesmo assim, principalmente pela quantidade de ferimentos, o animal foi recolhido e levado para o quartel local da PMA para coletarmos amostras de sangue, que serão levadas, dentro de 24 horas, para Campo Grande onde serão analisadas para constatar se há o acometimento por alguma doença, como, por exemplo, a Febre Amarela”, explica Nogueira.

Transmissão

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). Por isso, a equipe do CCZ reforça que os macacos devem ser preservados, pois do mesmo modo que o ser humano é infectado pela doença por meio da picada dos mosquitos, os macacos também são.

“Ressaltamos que, os macacos não são os transmissores da doença, por isso não há razão para machucar ou mesmo matá-los”, reforça o coordenador do CCZ.