Editorial

Analisando o cenário

Leia o Editorial publicado na edição deste sábado (27) no Jornal do Povo

27 JAN 2018 • POR Redação • 09h49
Divulgação

O Grupo RCN de Comunicação apresenta, há duas semanas, uma série de reportagens com empresários, autoridades e personalidades de Três Lagoas, Campo Grande e Paranaíba para uma análise econômica de 2017 e as perspectivas para este ano. A ideia do "Cenário RCN" é conhecer qual avaliação se faz do turbulento ano passado e o que se espera, em investimentos e desenvolvimento, para este  ano. Apesar da variedade de representantes de segmentos entrevistados, há um certo consenso nas avaliações.

A absoluta maioria dos convidados avalia o ano anterior como difícil, complicado e ameaçador para muitos negócios. A sequência de escândalos que gerou insegurança política, as operações policiais para prisão de corruptos, as oscilações do câmbio e, principalmente, o desemprego elevado fizeram de 2017 um ano para se esquecer. 

O comércio varejista, porém, teve o que comemorar. As vendas começaram a reagir no último bimestre e, por pouco, o ano não fechou com saldo semelhante aos de épocas de crescimento. O setor industrial amargou resultados negativos na maior parte do ano e, exceto a cadeia de celulose, viu cair pela metade o volume de vendas e de pedidos. Reações registradas foram insuficientes para abater as perdas. 

Na pecuária, situação quase semelhante: redução de consumo, alta de custos e baixa valorização do rebanho. O pior golpe, porém, foi o resultado da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que revelou a participação de empresas de alimentos em casos de corrupção. 

Apesar das avaliações pouco animadoras, os convidados da série de reportagens são unânimes em otimismo para 2018. Todos aguardam que, apesar da Copa do Mundo da Rússia, em junho, e das eleições gerais de outubro, no Brasil, as chances do ano ter saldo positivo e de manter níveis de recuperação econômica existem. 

 Não há, contudo, como avaliar qual dos setores possui maior otimismo. O imobiliário, porém, merece destaque por depositar no desenvolvimento industrial - com grande perspectiva de investimentos - a chance de retomar o crescimento. A agropecuária espera ano de recuperação do valor da arroba do boi em dólar e a diminuição do desemprego, que ocasiona aumento do consumo. O setor educacional aposta em melhora da economia, em busca de maior clientela. 

Enfim, apesar das diferenças, todos apostam que este será um ano de recuperação.