Três Lagoas

Laudo aponta que macaca encontrada morta não tinha vírus da febre amarela

Fêmea da espécie Bugio foi encontrada ferida na região de Ilha Comprida, em janeiro

9 ABR 2018 • POR Kelly Martins • 11h20
Instituto fez as análises de amostras do fígado, rins e coração da macaca. - Divulgação/Assessoria

O resultado do teste sanguíneo para verificar se a macaca da espécie Bugio encontrada ferida, em um sítio, na região da Ilha Comprida, em Três Lagoas, estava com febre amarela foi negativo.  O laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo (SP), foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

 O teste foi realizado pela suspeita de infecção e morte por vírus da febre amarela. Por meio de material coletado pela equipe do CCZ de Três Lagoas e enviado ao Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), em Campo Grande, o Instituto fez as análises de amostras do fígado, rins e coração da macaca.

O fato ocorreu em 23 de janeiro. Moradores da região de Ilha Comprida, distante uns 15 km do Centro, acionaram a equipe do CCZ, que foi até o local junto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). Eles recolheram uma macaca, debilitada, com variadas lesões pelo corpo e que veio a óbito em seguida.

“Naquela oportunidade, deduzíamos que a macaca poderia ter sido vítima de ataques e mordidas de outros animais. Mesmo assim, como é de praxe, adotamos os procedimentos corretos de coleta de amostras de sangue e outros órgãos para exames laboratoriais e os encaminhamos ao Lacen/MS”, explicou o coordenador do CCZ, médico veterinário Hugo Nogueira Faria.

Preservação

O coordenador do CCZ voltou a orientar a população sobre a transmissão da febre amarela e sobre a importância da preservação dos macacos em nossas reservas ambientais. “Ressaltamos que, os macacos não são os transmissores da doença, por isso não há razão para machucar ou mesmo matá-los”, orientou.

Como explicou Hugo Nogueira, no ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).

Por isso, a equipe do CCZ reforça que os macacos devem ser preservados, pois do mesmo modo que o ser humano é infectado pela doença por meio da picada dos mosquitos, os macacos também são vítimas e       podem ser alerta para eventuais surtos de febre amarela e outras doenças.