NÃO DÊ ESMOLA

Secretário não teme que abstinência de usuários provoque aumento da violência nas ruas da Capital

Equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social estão preparadas para convencer dependentes a aceitarem tratamento

23 ABR 2018 • POR Dayanne Faquetti/CBN • 10h53
O secretário José Mário Antunes da Silva está otimista com a possibilidade de encaminhar cem moradores de rua para clínicas terapêuticas - Divulgação

O secretário municipal de assistência social, José Mário Antunes da Silva, em entrevista à Rádio CBN Campo Grande (FM 93,7), disse que espera que o poder de convencimento das assistentes sociais das quatro equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social impeça que dependentes químicos das ruas de Campo Grande usem de violência para conseguir dinheiro, com o fim das esmolas em cruzamentos.

Para ele, o slogan da campanha Campo Grande Acolhedora, "onde a esmola acabs, o direito começa", evidencia que dar esmolas colabora para a permanência desses usuários nas ruas e cria a ilusão de que é possível viver da mendicância. 

"Há duas possibilidades. Sem aesmola, o usuário pode-se tornar mais agressivo, mas também pode refletir melhor e procurar ajuda. E é aí onde entra o nosso serviço de acolhimento e encaminhamento para as comunidades terapêuticas para serem recuperados," afirmou.

Ao todo, a Prefeitura dispõe de cem vagas para a internação, mas não pretende fazê-lo de maneira compulsória. Por isso, espera que a população deixe de dar esmolas e avise a Secretaria de Assistência Social sobre a localização desses moradores de rua que precisam de ajuda, através do Disque 100 e pelos celulares (67) 9 8405-9528 e (67) 9 9290-8174.