Bebê é mordida pela segunda vez em Ceinf e mãe denuncia
25 ABR 2018 • POR Talita Matsushita • 15h45A mãe de uma bebê de seis meses de idade denunciou que sua filha foi mordida em duas ocasiões diferentes, por cinco vezes no Ceinf Antonia Mainardi Ovídio em Paranaíba (MS). A mãe relata que a filha está matriculada na unidade há três semanas e foi agredida por outras crianças em duas oportunidades. Desde então a criança não tem frequentado o Ceinf.
A mulher afirma que sua filha está ficando na unidade há três semanas e na semana passada a criança teria sofrido duas mordidas na face, já no segundo ataque a mãe relatou que a menina teria sofrido cinco mordidas também no rosto.
“Eu como mãe estou indignada. Se você prefeito não tem a competência de colocar mais funcionários pra cuidar dessas crianças então porque não feche essa porcaria, porque quando fomos lá pra falar sobre o assunto uma das funcionária da direção disse não se responsabilizar pelos acontecimentos, porque são muitas crianças e poucos funcionários. Se eu deixar a minha filha lá corro o risco de a tarde pegá-la morta, sem o nariz ou sem um olho, porque não foi a primeira vez que aconteceu isso com ela e as demais crianças que lá ficam”, postou Josy Gomes Borges.
Nesta semana o fato ocorreu na segunda-feira (23) e segundo a mãe, as mordidas foram fortes que têm marcas até hoje no rosto da criança, chegando a ferir o nariz da sua filha.
A técnica da secretaria de educação, Georgea Prado, explicou que as crianças ficam no berçário e que pelo menos três monitoras e uma professora cuidam delas tanto no período matutino, como no vespertino e esse número seria suficiente para cuidar das cerca de 11 crianças presentes no dia do acidente. As crianças da sala têm entre seis meses e um ano de três meses de idade.
Conforme Georgea, o primeiro contato das crianças desta idade com o mundo é através da boca e elas mordem, pois não sabem falar. “Talvez nas brincadeiras familiares os pais mordem na criança de uma forma afetiva, só que a criança não tem noção da força que ela tem na hora de demonstrar esse carinho”, disse.
A criança que mordeu a colega de sala tem um ano e três meses de idade e para a técnica o episódio foi lamentável, mas não tem como assegurar que isso nunca mais vá ocorrer. “A direção da escola nos comunicou imediatamente e todas as pessoas da instituição tentaram orientar a mãe desta criança quando ela foi buscá-la, mas a mãe ficou nervosa, e isso é natural e não quis ouvir as explicações. Os pais da criança mordida ficam contrariados, já os pais da criança que morde ficam envergonhados com a situação”, relatou.
Georgea ainda esclareceu que não foram cinco mordidas consecutivas e sim duas na semana passada e outras duas nesta semana. A criança que mordeu a colega, assim como a família, receberam atendimento psicológico e foram orientados a não brincar de morder, visto que o pai tem este hábito.
“Ela não fez por maldade ou porque não gosta da outra criança”, afirmou. De acordo com Georgea, no início do ano letivo é entregue um manual para os pais, onde são indicadas várias regras do Ceinf e há também um texto falando sobre mordidas.
“Não existe uma forma de acabar com as mordidas. A instituição promove palestra, conversa com os pais, tem um cuidado dobrado caso exista alguma criança que morde, e mostramos outras forma de carinho, indicando que a mordida dói”, enfatizou.
A técnica ainda afirmou que o trabalho do Ceinf é de excelência, e confia nas funcionárias do Centro, pois elas , conforme Georgea, desempenham o trabalho pensando no bem-estar de todos, e não no Ceinf como um depósito de crianças. “Temos pessoas estudiosas sobre crianças, que dedicam sua vida para cuidar e educar estas crianças”, finalizou.