Protesto

Falta de professores leva estudantes à Assembleia

Grupo pediu apoio a deputados para abertura de concurso pela universidade

19 MAI 2018 • POR Ronie Cruz • 08h57
Alunos fizeram um protesto na Assembleia Legislativa, na quarta, para pedir apoio a movimento - Ronie Cruz/CBN

Acadêmicos da Universidade Estadual de Mato Grosso Do Sul (Uems) estão paralisados deste a última quarta-feira (16) contra a falta de professores no campus de Campo Grande e pedem a realização imediata de concurso público. Na quinta-feira (17), eles organizaram um protesto na Assembleia Legislativa para pedir apoio aos parlamentares.

O acadêmico de Artes Cênicas, Robson Marques, que representou os estudantes nas negociações com os parlamentares, disse que recentemente acadêmicos de Medicina protestaram pelo mesmo motivo e conseguiram a abertura de concurso para dez vagas. “O acordo com a pró-reitoria de  ensino foi um concurso para todos os cursos num total de 55 vagas. Mas abriram somente dez vagas”, apontou.

Após a mobilização no plenário, os deputados Amarildo Cruz (PT) e Paulo Siufi (MDB) se reuniram com estudantes. Siufi disse que os parlamentares vão abrir espaço na tribuna para que os estudantes debatam o problema já na próxima semana. 

Robson lamentou que a falta de professores na Uems prejudique, por exemplo, a pesquisa científica na universidade. “A universidade pública tem o tripé ensino, pesquisa e extensão e supre com os professores contratados do ensino, mas a pesquisa e a extensão ficam de fora. E são elas que garantem que a universidade esteja dentro dos rankings. E sem pesquisa isso não ocorre”, pontuou.

A paralisação dos estudantes ocorre por tempo indeterminado. Segundo líderes do movimento, apenas as atividades extracurriculares funcionam normalmente no campus de Campo Grande. Esta é a segunda vez que os estudantes paralisam neste mês para reivindicar mais professores no câmpus. 

Na semana passada, o reitor da Uems, Fabio Edir dos Santos, reuniu-se com estudantes para debater a demanda após outra mobilização. Na ocasião, a universidade afirmou por meio de nota que abrirá novo concurso ainda neste ano, permitindo que os docentes tomem posse no início do ano letivo de 2019.