Estatística

Em cinco meses, Três Lagoas registra 22 mortes violentas

Homicídios e feminicídios, tiroteios com policiais e acidentes nas ruas constam de registros de ocorrências com mortes em 2018

4 JUN 2018 • POR Ana Cristina Santos • 08h22
De janeiro a maio deste ano, município contabilizou nove homicídios - Arquivo/JPNews

Nos cinco primeiros meses deste ano, Três Lagoas registrou 22 mortes violentas. Dessas, oito pessoas morreram vítimas de acidentes no trânsito. De janeiro a maio, o município também contabilizou nove homicídios. No mesmo período de 2017, foram 14.

Os dois últimos registros de assassinatos desta contagem ocorreram no mês passado. Um deles foi o do vendedor Camilo de Freitas, de 28 anos, morto com uma facada, dia 20, no cruzamento das ruas Josino da Cunha Viana com João Carrato, no bairro da Lapa.  Ele foi morto após discussão com a esposa na rua. Joice Espíndola da Silva, de 35 anos, acusada pelo homicídio, está presa. Veja reportagem na página 7.

O segundo homicídio de maio ocorreu dia 27, no bairro Guanabara. Claro Gonçalves dos Santos Filho, de 31 anos, também foi morto a facadas pelo próprio irmão Messias dos Santos, de 35 anos. O crime teria ocorrido após uma discussão entre eles, segundo  a família. O acusado pelo crime também está preso.

Entre os homicídios deste ano, dois foram de feminicídio em que mulheres foram mortas por ex-maridos, que se suicidaram. Entre as mortes violentas também estão as registradas em troca de tiros com a Polícia Militar. Cinco pessoas do sexo masculino foram mortas em abril em tiroteios com policiais da cidade.
 
TRÂNSITO
O número de pessoas que morreram vítimas de acidentes de trânsito nos cinco primeiros meses deste ano,  na cidade, também supera as mortes registradas no mesmo período de 2017 - cinco. A diretora do Departamento de Trânsito de Três Lagoas, Creuza Ramos, aponta a falha humana como a principal causa para os acidentes. “A maioria dos acidentes, 90%, é culpa do condutor. Geralmente a pista e a sinalização estão perfeita, mas o condutor não respeita as normas de circulação. Por imprudência, comete alguma falha que vem causar a morte dele próprio ou de outra pessoa”, disse.

“Só vamos mudar essa estatística quando entendermos que  somos o trânsito. Cada um tem que fazer a sua parte e nunca com imprudência”, destacou. Creuza Ramos disse que o Departamento de Trânsito investe em campanhas educativas como forma de combater a ocorrência de acidentes.

O mês de maio, por exemplo, foi dedicado a ações de prevenções entre motoristas, estudantes e pedestres. Apesar disso, destacou que acidentes ainda ocorrem com frequência na cidade e que novas ações devem ser desenvolvidas.