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Saiba o que dizem aliados após prisão de Puccinelli em MS

MDB convocou coletiva de imprensa após prisão de André Puccinelli, ex-governador e pré-candidato ao governo do estado

20 JUL 2018 • POR Ronie Cruz e Lucas Mamédio da CBN • 18h59
Líderes do partido convocaram coletiva na tarde nesta sexta-feira (20) - Reprodução/Facebook

Às vésperas de oficializar a candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul na convenção do MDB, marcada para o dia 4 de agosto em Campo Grande, o ex-governador André Puccinelli foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (20) na capital sul-mato-grossense. Além dele, foram presos o filho, André Puccinelli Junior, e o advogado João Paulo Calves. O decreto de prisão preventiva, com limite máximo de até 180 dias, foi expedido pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal, na quarta-feira (18). 

Diante do ocorrido, lideranças do MDB convocaram uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira para demonstrar apoio ao ex-governador. Segundo o presidente da Assembleia Legislativa Junior Mochi, o partido não tem ‘plano B’. “Isso nunca foi discutido e não há nenhum posicionamento individual de quem quer que seja a não ser o plano A que é o A de André”, afirmou Mochi.

Ouça:

Prisões
As prisões foram a pedido do Ministério Público Federal (MPF) com base em decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em maio deste ano, que havia determinado a prisão preventiva de outros oito réus na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica. O principal argumento do novo pedido de prisão preventiva da Polícia Federal na operação é uma suposta lavagem de dinheiro e a continuidade da prática de atos ilícitos, mesmo após a prisão do trio em novembro de 2017. Eles foram soltos no dia seguinte. 

Segundo a Polícia Federal, foram reunidas novas provas no processo, tais como movimentações bancárias da empresa Instituto Ícone do Direito, que seriam relativas ao dinheiro proveniente da JBS, análises de materiais apreendidos no instituto na Operação Papiros de Lama e análises de materiais apreendidos. O juiz aceitou os mesmos argumentos da prisão anterior de Puccinelli, como parte dos desdobramentos da Operação Lama Asfáltica, que investiga o desvio de recursos usados em obras públicas. As investigações começaram em 2015 e levaram à prisão, em maio deste ano, o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim.

Logo após a prisão, o advogado do ex-governador, Renê Siufi, anunciou que a defesa estava avaliando o decreto de prisão para entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça. “A decisão que decretou a prisão é longa. Até onde eu vi não tem nada de novo. São fatos requentados. Algumas outras partes estão todas comprovadas e não tem nada de ilegal”, disse Siufi acrescentando ter achado estranha a prisão às vésperas da convenção partidária.