Preso, homem comunica falso furto para despistar PM e tenta se suicidar
Agressor estaria embriagado, destruiu os móveis da casa e vítima afirma que agressões são constantes
9 AGO 2018 • POR André Barbosa • 18h01A Polícia Militar de Três Lagoas teve trabalho para conter um jovem de 26 anos que mentiu sobre um furto em sua casa, no Parque São Carlos, na madrugada desta quinta-feira (9). Ele também forjou uma perseguição a um ladrão imaginário, levando os policiais a acreditar na farsa. Entretanto, a encenação era para encobrir crime de violência doméstica em que a mulher dele chegou a ser agredida na frente dos policias e o agressor ainda alterado, tentou suicídio.
A confusão começou à 1h, quando o agressor parou policiais em uma viatura, na Rua Das Marias. Ele disse à equipe que a casa foi invadida e furtada e que os supostos ladrões haviam levado se notebook e uma TV, além de esfaquearem o cachorro. No local, a equipe encontrou móveis revirados e destruídos.
Enquanto os policiais olhavam a casa, o jovem saiu correndo e gritando que o ladrão estaria fugindo pela rua. A equipe foi atrás, e encontrou o homem caído na rua. Ele alegou ter sido agredido a paulada, pelo suposto criminoso. Ainda sem acreditar no jovem, a equipe fez buscas pelo bairro, quando encontrou sua companheira chorando. Ele avançou contra ela, dizendo que a mesma havia furtado a casa.
A mulher de 32 anos contou à polícia que saiu de casa às 19h30, pois o agressor estava embriagado e destruiu o interior do imóvel. Ela disse ainda, que convive com o agressor há 10 meses e que a violência e o alcoolismo são frequentes.
O agressor ainda ameaçou a vítima, dizendo que “ela jamais teria paz, mesmo sob denúncia”. Ele confessou aos policiais que quebrou os móveis por estar nervoso e foi detido por falsa comunicação de crime e violência doméstica. Dentro da viatura, tentou se suicidar usando um cordão de blusa envolto no pescoço, mas foi contido pelos policiais.
Pela manhã, à reportagem do RCN, o agressor, mais sóbrio, disse estar arrependido, que pediria desculpas à mulher e que ofereceria uma flor à delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher, a qual pediria perdão.