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Empreiteira tirada de obra da UFN 3 pede recuperação judicial

Dívidas herdadas da obra inacabada de Três Lagoas ameaçam vida da Sinopec

21 AGO 2018 • POR Valdecir Cremon • 17h00
Empresa instalada no Brasil possui maior fatia de capital nas mãos da matriz chinesa - Reprodução

A paralisação das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, da Petrobras, a UFN 3, é uma das causas apontadas pela multinacional Sinopec Petroleum em pedido de recuperação judicial apresentado à Justiça do Rio de Janeiro, no início da semana. A companhia que possui capital chinês (99,9%) e boliviano (0,01%), informa não ter como pagar dívidas de R$ 121,5 milhões, acumuladas a partir de dezembro de 2014, época de suspensão do projeto, em Três Lagoas.

Reportagem publicada pelo jornal Valor, especializado em economia, aponta que a empresa já responde a um pedido de falência na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

O contrato de construção da UFN 3 era de R$ 3,1 bilhões, em agosto de 2011. A Sinopec integrava um consórcio com a GDK - que abriu mão de sua fatia no mesmo ano - e Galvão Engenharia, que ficou com 65% do negócio.

O rompimento do contrato ocorreu após as empreiteiras pedirem revisão dos valores para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, no momento de execução do projeto executivo da unidade, após a obra atingir 85% de seu cronograma. A Petrobras discordou da elevação de valor.

A Sinopec afirma que a desmobilização das obras gerou custos adicionais ao consórcio, associados à crise econômica do país registrada nos anos posteriores.

A empresa afirma no pedido que terá forças para honrar compromissos somente com aprovação da recuperação judicial. Não há prazo para sair uma decisão sobre o pedido.