Assassinatos

Mortes têm relação com tráfico, diz PM

Envolvimento com venda e uso de entorpecentes é a maior causa dos assassinatos registrados em Três Lagoas, neste ano

15 SET 2018 • POR Kelly Martins • 07h30
Oito dos 15 assassinatos estão ligados a entorpecentes, segundo a Polícia Militar de Três Lagoas - Divulgação

O tráfico de drogas foi um dos principais motivos dos homicídios registrados em Três Lagoas neste ano. Oito dos 15 assassinatos, entre os meses de janeiro e setembro, o que corresponde a 53%, estão ligados ao envolvimento com entorpecentes. A constatação é de um levantamento do setor de inteligência do 2º Batalhão da Polícia Militar, com base nos boletins de ocorrências. 

O cenário é composto, cada vez mais, por jovens que têm idades de 18 a 29 anos, e estão envolvidos nas ocorrências seja como usuário ou traficante. Outra faixa etária relacionada é entre 34 a 45 anos, segundo os registros.

O “mapeamento” ainda aponta que desentendimento e crime passional ganham destaque nas motivações para assassinatos. Os números demonstram que as drogas representam o principal problema a ser enfrentado pela segurança pública na região.

Um dos exemplos foi a morte de Rafael de Oliveira Matos, de 18 anos, durante confronto com a Força Tática, na madrugada de quinta-feira (13). Ele levou três tiros no bairro Montanini quando tentava intimidar traficantes rivais por disputa de pontos de drogas na região. E essa não foi a primeira vez. Ele já era conhecido no meio policial por tentar dominar o comércio de entorpecentes ao lado de outros traficantes na cidade. 

Antes dele, Mateus Gonçalves Medeiros, de 19 anos, foi morto com requintes de crueldade, no bairro Santa Luzia, em agosto. Ele foi atingido por golpes de pedra e com um ferro de passar roupas por um amigo. Os dois discutiram e partiram para a agressão física. A informação é de que a vítima também tinha envolvimento com drogas. 

MONITORAMENTO
Para prevenir o crime, a Polícia Militar pontua que realiza monitoramento e fiscalização contra o tráfico de drogas e outros crimes desencadeados, como roubos, furtos, violência doméstica.

“Na grande parte, os homicídios estão sendo solucionados, com os suspeitos identificados e presos.  Temos como objetivo reduzir cada vez mais esse número, que atualmente ainda é preocupante, e demonstra a necessidade de políticas públicas na área de segurança, principalmente, quando se trata de combate às drogas”, observou o comandante do 2º Batalhão da PM, major Ênio de Souza.