O novo eleitor e o velho político

O provável fim da 'papagaiada eleitoral' também em Paranaíba

Candidatos a vereador ou prefeito deverão repensar tudo que aprenderam sobre política, se quiserem se dar bem nas próximas eleições

22 OUT 2018 • POR Redação • 14h23
Candidatos com discursos repetitivos, rasos e sem fundamento tendem a desaparecer - Reprodução / Internet

Definitivamente o perfil do eleitor brasileiro mudou nos últimos anos. Nunca houve uma renovação tão robusta, tanto do Senado quanto na Câmara Federal, como neste pleito de 2018. Mais crítico, sedento de informação e passando a ter uma iniciação sobre questões socioeconômicas como socialismo, comunismo, liberalismo, conservadorismo, direita e esquerda, por exemplo, este eleitor gradativamente vem se tornando avesso a candidatos que apresentem discursos repetitivos, rasos, sem fundamento e destoantes das reais atribuições caso sejam eleitos. A “safra” de candidatos desprovidos de conhecimento e meramente populares onde moram tende a não se renovar nas próximas eleições. Discursos do tipo “Eu sempre ajudei quem me procurou, seja com uma conta de luz ou levar um familiar ao médico na madrugada” ou “Eu morei na roça. Meu pai era caseiro e minha mãe tirava leite. Quero fazer pelo povo. Ajudar o povo, pois sei o que é passar fome” tendem a causar repulsa neste novo eleitorado daqui para frente. É o fim da “papagaiada eleitoral”. Será que os políticos, postulantes a uma reeleição ou a uma vaga no Legislativo ou Executivo de Paranaíba estão entendendo o recado?