UFMS

Alunos de medicina alegam superlotação em turmas e protestam contra transferência para campus

Movimento liderado pelo Centro Acadêmico de Medicina barrou a entrada do campus 2 da UFMS de Três Lagoas nesta segunda-feira (12)

12 NOV 2018 • POR Tatiane Simon • 09h30
O diretor do campus de Três Lagoas, Osmar Jesus Macedo, esteve presente e debateu com os acadêmicos - André Barbosa/JPNEWS

Mais de 100 acadêmicos do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas barraram a entrada principal do campus 2 na manhã desta segunda-feira (12). O ato foi em protesto à abertura de vagas para transferência externa, que segundo a classe, só piora o problema de superlotação que os alunos enfrentam. 

De acordo com Fabiano Pereira Rocha da Costa, aluno do 3º ano e presidente do Centro Acadêmico, o protesto objetiva impedir a publicação do edital de transferência externa para preenchimento de vagas ociosas do curso. A publicação está prevista para esta terça-feira (13) e 10 vagas devem ser ofertadas pela UFMS.

“A forma como é feita a seleção e distribuição destas vagas são falhas. Percebe-se que o critério de transferência não é correto. Para se ter uma ideia, a quinta turma possui número excedente, ao passo que, as turmas iniciais ficam com as mesmas vagas ou até abaixo. Importante ressaltar que o protesto não é contra a abertura de novas vagas regulares, para formação de novas turmas”, justifica.

O acadêmico exemplifica a superlotação em turmas em virtude do processo de transferência. “A capacidade de cada turma é de 60 alunos. O terceiro ano, por exemplo, possui 76 alunos; o segundo ano, tem mais de 70. Já o quinto ano possui em torno de 30 acadêmicos. O quarto ano, por outro lado, possui vagas ociosas e que não serão preenchidas”.

Outro problema gerado pela superlotação em algumas turmas implica na infraestrutura. “Com mais alunos nas turmas, são menos livros disponíveis, menos espaço nos laboratórios de anatomia”.

Além disso, também preocupa a classe a superlotação que impede "condições mínimas de estágios em unidades básicas e hospitais, comprometendo nossa formação profissional", acrescenta.

Outro lado

O diretor do campus de Três Lagoas, Osmar Jesus Macedo, esteve presente e debateu com os acadêmicos. Ele agendou uma entrevista com reitor da universidade, Marcelo Augusto Santos Turine, para às 10h desta segunda-feira (12), por videoconferência.