SUJEIRA

Moradores reclamam de mato alto às margens de córrego no Daniel II

O aparecimento de escorpiões tem sido recorrente há pelo menos dois meses

12 DEZ 2018 • POR Talita Matsushita e Lucas dos Anjos • 15h31
Com as encostas do córrego sujas a água não tem vazão e com isso acaba invadindo as residências próximas ao local - Lucas dos Anjos/JPNEWS

O mato alto às margens do córrego Fazendinha no bairro Daniel II tem causado dias de angústia para os moradores da rua Etelvina Gabriela de Jesus. O aparecimento de escorpiões tem sido recorrente há pelo menos dois meses, além disso com as encostas do córrego sujas a água não tem vazão e com isso acaba invadindo as residências próximas ao local. No local também há esgoto que sai de um bueiro, porém corre a céu aberto.

O aposentado Joaquim Batista Lemos, 64 anos, morador da rua Etelvina há mais de 20 anos, descreve que no mês de janeiro deste ano sua casa foi uma das casas invadidas pela cheia do córrego Fazendinha que passa ao fundo do local,  e desde então nenhuma providência foi tomada por parte do Poder Público. Ele perdeu móveis e teme que o fato ocorra novamente.

“Certeza que vai entrar [água] de novo. A rua enche de pedra e eu tiro com a carriola, por que a Prefeitura não limpa nada. Só promessa. Faz muitos anos que ninguém limpa aqui, pelo menos dez, depois nunca mais”, contou.

Ao longo dos anos, ele lembra que já perdeu guarda-roupa, colchão, geladeira e outros itens e pede que o local receba o serviço antes do período das chuvas ter início.

Claudineia Aparecida da Silva, dona de casa, teme pelo aparecimento de escorpião principalmente por conta das filhas de 11 e 13 anos, que há alguns dias encontraram um animal no quarto em cima da coberta.

“Ficamos a mercê e com medo, a gente não está sendo ajudado. Esta semana eu tirei fotos dos escorpiões e enviei para o prefeito, mas não teve providência”, disse.

Ela pede que o córrego seja limpo, pois quando é feito o serviço de limpeza das margens do córrego é feito até o prolongamento da Avenida Durval Rodrigues Lopes.

O secretário de Obras, Tulio Neles Brink Botelho, foi procurado, porém até o fechamento da reportagem ele não retornou as ligações.