Três Lagoas

Guerreiro diz que não pretende reduzir expediente da administração municipal

Presidente da Câmara afirma que jornada de trabalho tem refletido em servidores afastados com atestado médico

15 DEZ 2018 • POR Ana Cristina Santos • 07h15
Presidente da Câmara afirma que jornada de trabalho tem refletido em servidores afastados com atestado médico - Divulgação

O presidente da Câmara de Vereadores de Três Lagoas, André Bittencourt (PSDB), apresentou na sessão da Câmara desta semana, uma indicação para que a prefeitura estude a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho dos servidores de oito para seis horas. 

Bittencourt disse que têm muitos servidores afastados com licença médica em decorrência de problemas de saúde devido ao trabalho. O presidente da Câmara informou que vai realizar uma audiência pública, no início do próximo ano, para apresentar dados do número de funcionários afastados. A indicação de André teve o apoio de outros vereadores.

Até a gestão da ex-prefeita Márcia Moura (MDB), os servidores trabalhavam seis horas por dia. Assim que Ângelo Guerreiro (PSDB) assumiu a administração, em janeiro do ano passado, o expediente voltou para oito horas diárias.

Por meio de sua assessoria, Guerreiro disse ontem que mantém a mudança feita porque "está dando resultados positivos".  Além disso, adiantou que já foi procurado por empresários contrários a possibilidade de a prefeitura voltar a funcionar em meio expediente. Caso reduza a jornada de trabalho dos servidores, a prefeitura teria que funcionar apenas em um período. 

Na próxima semana, Guerreiro deve se reunir com representantes da Associação Comercial e do Sindicato do Comércio Varejista para discutir o assunto.

PROCESSO SELETIVO 
Outro assunto que gerou polêmica na sessão da Câmara desta semana foi um processo seletivo realizado para a contratação de professores para o ano letivo de 2019. A prefeitura contratou a empresa Fapec para realizar o processo. A taxa de inscrição custa R$ 50. Alguns vereadores se posicionaram contra, entre eles, o presidente da Câmara. Parlamentares alegam que esse processo seletivo vai tirar a oportunidade dos professores de Três Lagoas, e possibilitar que profissionais de outras cidades participem.

O secretário de Administração, Gilmar Tabone, disse que a prefeitura optou pelo modelo visando a legalidade e que "é inconstitucional privar pessoas de outras cidades de participarem".

Tabone disse ainda que a Fapec tinha sugerido uma inscrição de R$ 135, mas o prefeito não concordou e optou por um preço mais baixo. Além disso, ressaltou que, existe uma comissão formada por representantes das secretarias de Administração, Educação e do sindicato que representa os professores, que acompanha esse processo.