Campo Grande

Cirurgião gastroenterologista é novo diretor do Hospital Rosa Pedrossian

Orçamento do hospital para este ano é superior a R$ 400 milhões, mesmo assim, falta material para procedimentos médicos

12 JAN 2019 • POR Erick Marques • 09h42
Nova diretoria do Hospital Regional de Campo Grande terá levantamento de carências neste ano - Divulgação

Considerado pelo governo como um "gargalo do setor de saúde", o Hospital Regional Rosa Pedrossian, de Campo Grande, tem nova diretoria a partir dessa semana. Márcio Eduardo de Souza Pereira, médico cirurgião gastroenterologista e servidor do hospital há 17 anos, foi empossado presidente. A nova administração deve operar um orçamento próximo a R$ 400 milhões em 2019.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, a nova diretoria foi escolhida entre servidores do corpo clínico do hospital em momento oportuno, após o afastamento de um ex-diretor, investigado por corrupção. “O primeiro passo foi designar um profissional que conhece os problemas do hospital de perto. Assim, vamos discutir e reverter a atual situação, com objetivo de tornar o atendimento referência na prestação de serviços”, disse.

Em novembro de 2018, Justiniano Barbosa Vavas foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, durante a Operação Reagente, suspeito de participação em fraudes em licitações de equipamentos médicos para o hospital. Ele nega.

Também integram a nova equipe o médico Fernando Goldoni (diretor técnico) e o auditor da secretaria estadual de Saúde, Edson da Mata (financeiro).

Márcio Eduardo disse assumir o posto “com muita alegria”, mesmo diante de problemas como falta de material básico para procedimentos e escala exaustiva de plantões na enfermagem. “O que devemos fazer diante disso é atuar dentro da legalidade e solucionar a falta de insumos no hospital”, disse.

O novo presidente afirmou, ainda, que pelo tempo de casa já sofreu com os problemas relatados por pacientes e servidores. “Nada mais justo do que alguém de dentro do hospital assumir essa função porque entende o que se passa”, disse. 

“Não adianta resolver um setor por considerá-lo o ponto mais crítico e deixar outros como problemáticos”, destacou o diretor, afirmando ter como meta atender tais demandas e melhorar o atendimento “com um custo baixo”.

O auditor financeiro da Secretaria Estadual de Saúde, Edson da Mata, anunciou um levantamento sobre as carências do hospital. "Nesse momento de transição precisamos desses números para saber justamente como resolver as situações e qual o melhor modo de agir”.