Três Lagoas

Suspeito de matar pintor aguarda audiência judicial

Itair de Souza Fagundes, o 'Japonês', deverá ser ouvido em audiência de pronúncia este mês

2 MAR 2019 • POR André Barbosa • 08h07
Jadilson dos Santos Pereira foi morto dia 17 de janeiro, no residencial Novo Oeste - Arquivo/JPNews

O assassino confesso do pintor de paredes, Jadilson dos Santos Pereira de 35 anos, em 17 de janeiro, no residencial Novo Oeste II, em Três Lagoas, Itair de Souza Fagundes, o “Japonês”, deverá ser ouvido em audiência de pronúncia este mês. A informação é da advogada Sônia Prado, que foi intimada pela Justiça no início desta semana, para apresentar a defesa. Ela sustenta a tese de que Itair matou a vítima com cinco tiros, em legítima defesa e de terceiros. 

Sônia pediu a revogação da prisão. Entretanto, o juiz Rodrigo Marco Pedrine da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas está em férias e deve retornar em duas semanas. "O fato de Itair Fagundes ser réu primário e manter vida social ativa como pai de família e trabalhador, pode ser forte atenuante ao processo e com isso, pleitearmos a revogação da prisão", disse.

Itair de Souza se entregou à polícia cinco dias depois do crime. Ao contar como foi o assassinato, o autor dos disparos recebeu voz de prisão pelo delegado que investiga o caso, Roberto Guimarães, da 3ª Delegacia de Polícia. A arma do crime, um revólver calibre .38, não foi localizada.

DOIS TIROS
Ele contou como matou Jadilson, no apartamento da vítima, no condomínio Rubens Cunha. “Dei dois tiros nele, perto de meu apartamento. Ele correu para se esconder na casa dele e eu disparei outras três vezes. O Baiano [apelido de Jadilson, que era de Sergipe] estava ameaçando de morte um parente meu que é mudo e toda a minha família, inclusive meu filho. Ele ia cumprir as ameaças e eu resolvi revidar para preservar minha família. Agi na segunda vez que ele veio me ameaçar, em minha casa. Estou arrependido”, disse.

Ao confessar o crime, Itair apontou onde teria jogado a arma, em um matagal, mas os policiais não encontraram. 

Segundo o delegado Roberto Guimarães, denúncias poderão ser feitas em anonimato, pelos telefones (67) 3524-3224 ou 3524-7938.