ESTELIONATO

Golpistas faturam cerca de R$ 400 mil na cidade

Valor é referente a casos de estelionato registrados em Três Lagoas desde janeiro

25 MAI 2019 • POR André Barbosa • 07h05
Apenas uma golpista foi presa em flagrante, usando documentos falsos, em abril - André Barbosa/JPNEWS

A cada dois dias, uma pessoa é enganada financeiramente em Três Lagoas. A média é feita com base nos 65 boletins de ocorrência de estelionato registrados nos últimos cinco meses, em quatro delegacias da cidade.  Destes, sete na forma tentada. Os casos são os mais variados. Vão desde vendas de bilhetes de loteria, mensagens de premiações via telefone celular, transações bancárias eletrônicas indevidas, prestações de serviços, até sites de compra e venda na internet interceptados por simples atravessadores. Desde o início deste ano, apenas uma estelionatária foi presa em flagrante e as vítimas, quase 100 pessoas, já perderam aproximadamente R$ 400 mil em dinheiro.

Os golpistas se valem da ingenuidade, ganância, busca de facilidades em fuga de trâmites burocráticos (o famoso jeitinho brasileiro), desinformação e falta de cuidado na hora de fechar um negócio, identificados nas vítimas. 

A maioria dos casos é de pessoas que se descuidaram de seus dados bancários, inclusive na internet e só perceberam o golpe, horas ou dias depois, ao checarem os extratos das contas. Muitos envolvidos são idosos.

Outras situações envolvem  uso de aplicativos em redes sociais, em que o estelionatário encontra o ambiente perfeito para iludir e faturar milhares de Reais. 
Intermediadores clonam anúncios em sites de compra e venda e os famosos grupos de "desapegas" das redes sociais. Este tipo de golpista interage como comprador e vendedor e acaba desparecendo com o valor do produto ofertado, enganando os reais negociadores.  

Até esta sexta-feira (24), o prejuízo causado nas quase 100 vítimas foi de R$ 330.420,66 (Em cinco casos, o valor real não foi disponibilizado, mas ultrapassa R$ 30 mil). R$ 107.400, foram recuperados em três situações de compra e venda. 

"É preciso que se tome todo cuidado. Que, antes de fechar qualquer transação, ligue para a Delegacia e cheque as informações da pessoa que esteja envolvida na situação", disse o delegado Messias Pires dos Santos, titular da 1ª Delegacia de Três Lagoas.