Economia

Varejo encerra trimestre com menos empregados

Setor perde força na geração de oportunidades de trabalho, segundo o Caged

2 JUN 2019 • POR Valdecir Cremon • 08h00
Demissões superaram as contratações, de janeiro a abril; em Três Lagoas, saldo também foi negativo - Arquivo/EBC

Uma forte mudança no setor do comércio varejista brasileiro fez com que mais lojas fechassem as portas do que abrissem, no primeiro trimestre de 2019. De acordo com dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio), entre janeiro e março, 39 segmentos do varejo tiveram elevada taxa de encerramento de atividades no País. O estudo foi feito com base nas informações prestadas por empresas formais e com vínculo empregatício, reunidas no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O segmento de vestuário e calçados foi o que mais fechou lojas: quase 400. Foi também o que mais demitiu trabalhadores. Segundo o Caged, 65,7 mil pessoas perderam o emprego no período.

Na mesma linha, e pelo segundo mês seguido, Três Lagoas teve mais demissões do que contratações, em abril, segundo  o Caged. No mês, houve 1.159 contratações e 1.382 demissões. Saldo negativo de 223 vagas.

O resultado foi reflexo de 360 demissões, de março, em uma fábrica de biscoitos que foi desativada. 

No Estado houve saldo positivo de 2.661 vagas. O Brasil registrou a abertura de 129.601 novas vagas de emprego com carteira assinada em abril, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.027 desligamentos. Foi o melhor resultado para abril desde 2013.