Saudável

Alimentação em escolas e creche tem foco no combate à obesidade infantil

Pesquisa revela que 12% das crianças entre 5 e 9 anos são obesas; muitas recusam comida de verdade e preferem fast-food

23 JUN 2019 • POR Tatiane Simon • 07h15
Crianças de creche têm até quatro refeições por dia - Reprodução TVC

A mudança nos padrões alimentares é um dos principais fatores que gera aumento da obesidade infantil no mundo. Isso é o que diz uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde. O estudo mostra ainda que, no Brasil, 12% das crianças entre 5 e 9 anos são obesas, assim como 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos. O dado é assustador e põe a saúde pública em alerta. No combate aos números e com o objetivo de mudar o perfil dos futuros adultos, escolas e creches da rede municipal de ensino de Três Lagoas empenham-se na produção e oferta de “comida de verdade”.

De acordo com a pesquisa, com o crescimento econômico e a ampliação da urbanização, aumentou também o consumo de produtos ultraprocessados. Isso fez o consumo de pratos tradicionais e alimentos naturais diminuírem. Esta conduta já foi observada dentro das escolas de Três Lagoas. Segundo Larissa Beatriz Carvalho, responsável técnica do Núcleo de Alimentação Escolar, nenhum ultraprocessado entra na cozinha das creches. “O que as crianças consomem nada mais é do que comida. Não há segredo nisso! Consomem os nutrientes, vitaminas e calorias que necessitam. A fonte para isso é através de frutas, verduras, legumes, proteínas e carboidratos que são preparados diariamente”, explica.  

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, nos nas escolas infantis são servidas de quatro a seis refeições por dia - 35 mil refeições poe dia naa rede. “Muitas dessas crianças, infelizmente, só se alimentam aqui na creche. Daí a importância em manter uma alimentação tão nutritiva”, complementa. A responsável técnica orienta pais de crianças obesas que levar os filhos para dentro da cozinha pode ajudar no emagrecimento. 

ALÉRGICOS
As escolhas e creches também cuidam do cardápio de crianças alérgicas e doentes crônicas. “Temos o controle de cada unidade e do tipo de alimento ou grupo alimentar que ela não pode ingerir”.