Saúde

Aedes aegypti gosta de calor, mas perigo continua no Inverno

Dengue não é mais uma doença considerada de Verão e sazonal; estiagem colabora no combate

1 JUL 2019 • POR Tatiane Simon • 07h30
Tabalho de combate realizado pelos agentes continuam na cidade - Arquivo/JPNEWS

O outono quente e com “cara de Verão” fez com que a dengue ultrapassasse os 3 mil casos, este ano, em Três Lagoas. A doença, que já foi considerada como típica do estação mais quente já não é mais sazonal. Principalmente em cidades como Três Lagoas, onde a predominância é de tempo seco e dias quentes.

Com a chegada do Inverno, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que os casos diminuam. Segundo o boletim epidemiológico, o município já apresenta tendência em declínio.

A exemplo disso, são os casos notificados suspeitos que diminuem semanalmente. Somente em janeiro foram 1.249 casos registrados. Já em junho, o número foi de 264 casos. De janeiro até agora, 3.113 pessoas contraíram dengue

De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, o calor e a chuva, típicos do Verão, favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti e, com isso, intensificam o índice de vítimas da doença. “A gente tem falado que a dengue é doença sazonal, do Verão, mas a sazonalidade está se estendendo. As estações não são mais tão bem definidas como no passado. Em Três Lagoas, mais do que até em outras cidades do estado, o calor se estende o ano todo e dias frios são poucos”, disse o coordenador.

PROGNÓSTICO

Meteorologistas alertam que este é um ano do El Niño, em que as estações fogem da sazonalidade normal. A expectativa é de um Inverno mais tardio e curto. “Por isso precisamos manter as ações de controle dos criadouros dentro e fora de casa mesmo com a falta de chuva. Desta forma nosso trabalho continua nas ruas, com os agentes de endemia ”, alerta.

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