Especial

Jornalismo perseverante 4

Jornal do Povo completa 70 anos de muitas notícias, em Três Lagoas

8 JUL 2019 • POR Redação • 07h41
Arquivo/JPNEWS

T er um jornal circulando, há algumas décadas, era mais que um desafio na maioria das regiões do país. Era um sacerdócio, um investimento sem garantia de retorno. E ter um jornal colorido para distribuir muitas vezes de graça era mais que isso. Mas, não foram apenas obstáculos econômicos que a empresa enfrentou para sair do sistema de impressão por linotipo para o offset. Faltava mão de obra e conhecimentos específicos sobre como acrescentar cores ao então tradicional preto e branco. 

Rosário Congro Neto, que assumiu o comando do Jornal do Povo na década de 1980, sentia a necessidade de entregar um “produto melhor elaborado” aos leitores e atender a exigências de anunciantes. As velhas linotipo e impressora, compradas em 1985 já com mais de quatro décadas de uso, estava perto de virar peça de museu - no que realmente se transformaram e permanecem guardadas no depósito da sede do jornal, na rua Eurydice Chagas Cruz, bairro Vila Nova, zona Norte de Três Lagoas.

A transformação dos sistemas de produção, gravação de chapas de alumínio e a impressão em offset, em 1990, foi conquistada com muito empenho, investimentos e abnegação por parte da empresa e da equipe da época. Daí a ser impresso em cores foi outra etapa, representada pela superação de diversos obstáculos. Entre eles, o da falta de pessoal especializado.

Tudo foi sendo desenvolvido com investimentos do Jornal do Povo em treinamento e capacitação, o que viria a ser uma de suas marcas como empresa de comunicação que formou dezenas de profissionais.

Em maio de 1992, o Jornal do Povo chegou às mãos dos leitores com a primeira e a última páginas em cores. Uma das primeiras notícias que trouxeram imagens coloridas foi a de um acidente com uma adolescente de 15 anos, que se feriu na queda de uma árvore durante um temporal. A foto de um enorme Ipê rosa estampou outra edição, anunciando a chegada do

Outono e a queda da temperatura, num final de semana, em março de 1993. Estava criada uma fórmula de sucesso que já dura 70 anos!