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Meio Ambiente cria plano de ação para combate de queimadas

Pasta já registrou 84 denúncias de queimadas neste ano

22 JUL 2019 • POR Tatiane Simon • 16h00
Secretaria de Meio Ambiente já registrou 84 denúncias de queimadas neste ano em Três Lagoas - Arquivo/JPNEWS

Tempo seco e baixa umidade do ar sempre são motivos de preocupação para os departamentos de Saúde e Meio Ambiente de todo o Brasil, principalmente entre maio e agosto, quando tem o início da estiagem comum em nossa região.

Mais que comuns são as frequentes queimadas causando transtorno para a população. Em Três Lagoas, as denúncias destes crimes ambientais já começaram a ser registradas e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea) começa a elaborar um plano de ação para combater essa prática e penalizar os responsáveis pelo ato.

Segundo o secretário da SEMEA, Toniel Fernandes, a fiscalização estará atuando com maior rigor neste ano. “Assim como estamos desempenhando na Operação Porco Solto, as queimadas também estão na mira dos nossos fiscais. É crime ambiental e causa prejuízos à saúde. Infelizmente ainda tem pessoas que tem esse costume”, explicou Toniel.

No ano passado, o período de estiagem foi intenso, chegando a aproximadamente 100 dias sem chuva. De janeiro a junho de 2018, a SEMEA registrou 214 casos de queimadas. Foram emitidos 44 autos de infração, sendo 100 UFIM’s por lote, o que corresponde hoje a R$ 479. Neste ano, foram 84 denúncias registradas, sendo aplicados 20 autos de infração.

SAÚDE

Crianças e idosos são os que mais sofrem com as consequências das queimadas. O número de atendimentos à pacientes com doenças respiratórias e alergias causadas pela fumaça quase que dobra no período seco.  A Secretaria Municipal de Saúde também faz um alerta sobre os riscos.

A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Gisleine Saiar, explica que em 2018, foram atendidas 679 crianças de 0 a 5 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com infecções respiratórias agudas, asma, bronquite, asfixia, sinusite, alergias e outras. Neste ano, ainda não há um relatório do número de atendimento por essas enfermidades, porém, estima-se que já esteja aproximando do total do ano passado.

DENÚNCIA

Importante ressaltar que a Secretaria de Meio Ambiente não apaga fogo. É um órgão fiscalizador e de preservação ao meio ambiente. No município, o Corpo de Bombeiros é responsável por combater incêndios, porém, no caso de queimadas, existem critérios a serem observados.

Já a Polícia Militar Ambiental (PMA) presta apoio aos dois órgãos e está presente também na área rural. A PMA tem autoridade para lavrar auto de infração e encaminhar os autores à delegacia, caso sejam identificados. Além da saúde e meio ambiente, queimadas também prejudicam animais silvestres, aves e árvores nativas.