vítimas do aedes

Dengue contamina 14 por dia em Três Lagoas

Dados mostram que o cenário em Três Lagoas não foge à epidemia nacional

15 SET 2019 • POR Tatiane Simon e Valdecir Cremon • 06h58
Cidade contabiliza três mortes pela doença apenas neste ano - Arquivo/JPNEWS

A incidência de dengue no país aumentou em 600% em um ano, segundo um levantamento do Ministério da Saúde. A média é de 6 mil casos por dia. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde. 

Dados da Secretaria de Saúde mostram que o cenário em Três Lagoas não foge à epidemia nacional. De janeiro até essa semana, o município soma 3.489 casos confirmados, que gera, em média, 14 diagnósticos positivos da doença por dia.
Esse total é resultado da soma dos casos notificados como suspeitos em janeiro (1.249), fevereiro (792), março (1.066), abril (977), maio (618), junho (341), julho (153), agosto (118) e parcial de setembro (25), incluindo 36ª semana.

A cidade contabiliza três mortes pela doença apenas neste ano. As mortes foram de duas mulheres, em fevereiro. Uma de 56 e a outra de 76 anos. Ambas apresentaram outras doenças que se agravaram com a dengue. O terceiro óbito foi de um homem de 79 anos que sofria de Mal de Alzheimer, registrado em março. 

INFESTAÇÃO

Os bairros com maior registro de criadouros do mosquito Aedes aegypti - transmissor da doença - que foram encontrados por agentes são Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia, Lapa, Jardim Morumbi, Mirassol, Cohab JK, Alvorada, Nova Americana, Jardim das Acácias, Vila Alegre, Novo Oeste, Orestinho, Vila Haro, Vila Maria, Esplanada NOB e Nossa Senhora Aparecida.

De acordo com os agentes, ovos do mosquito podem ficar até um ano sem contato com a água e eclodir no período de chuvas, previsto para começar entre o final de setembro e outubro. Um inseto infectado pode contaminar dezenas de pessoas.