florestas plantadas

Produtores planejam diversificação

A atividade no Estado está consolidada com a operação das fábricas de celulose de Três Lagoas

16 NOV 2019 • POR Ana Cristina Santos • 12h00
Atualmente, uma usina termoelétrica para aproveitamento de cavacos de eucalipto na produção e comercialização da energia - Arquivo/JPNews

A Reflore, entidade que reúne produtores de madeira de florestas plantadas, busca a diversificação do uso de eucalipto no Estado. Segundo o diretor executivo da Reflore, Dito Mário, a atividade no Estado está consolidada com a operação das fábricas de celulose de Três Lagoas. Mas, ainda é preciso tornar o setor competitivo. 

“O setor de celulose está consolidado e pode até ter outras empresas do ramo. Mas, queremos, agora, buscar a diversificação porque a madeira tem várias utilidades. Queremos mostrar que essas possibilidades possam se consolidar em outros setores, como o moveleiro, de madeira serrada, na energia de produção, no etanol de milho... Todos esses setores têm raio econômico”, disse.

Atualmente, uma usina termoelétrica para aproveitamento de cavacos de eucalipto na produção e comercialização da energia está em construção em Três Lagoas. O diretor da Reflore ressaltou que, além da raiz, a ideia é aproveitar a madeira em outras finalidades. “É um setor que pode crescer bastante”, frisou.

Dito Mário disse também que existem 250 mil hectares de florestas em Mato Grosso do Sul que podem ser aproveitados. E que, a apesar da quantidade de eucalipto plantado no Estado ser o suficiente para atender a demanda das indústrias instaladas, e ter até excedente, pode haver uma expansão do plantio, caso tenha outros segmentos em atividade.

Para ele, o Estado comporta uma terceira fábrica de celulose,  o que depende “da janela de oportunidades”. “Nós acreditamos que [uma terceira fábrica] pode acontecer, mas temos que trabalhar com o que temos. Por isso temos, por isso a diversificação no momento é mais interessante para trabalharmos com o que temos”, destacou.