VERSÕES

PM de São Paulo reforça acusação contra professor preso com drogas

Guilherme Lelis acusa policiais de SP de truculência e de colocar maconha em sua bagagem

24 JAN 2020 • POR Valdecir Cremon • 09h01
Professor fez acusações durante entrevista no dia 17 de janeiro - Reprodução/TVC

A Polícia Militar do Estado de São Paulo respondeu, ontem, a pedido de esclarecimentos da reportagem sobre acusações feitas pelo professor da rede municipal de educação de Três Lagoas, Guilherme Barbosa Lelis, sobre a acusação de tráfico de drogas.

Lelis foi preso dia 25 de dezembro do ano passado, com Gabriel Lucas Gomes, também de Três Lagoas, em um posto de gasolina de Bauru, na região central do Estado, de onde viajariam para o nordeste do país. Os dois tiveram a prisão relaxada 19 dias depois e poderão responder ao processo em liberdade.

A PM paulista nega a acusação de que porções de drogas tenham sido colocadas na bagagem de Guilherme Lelis e que policiais tenham agido com violência, como disse o professor em entrevista dia 17 deste mês.

Na nota, a PM confirma dados do boletim de ocorrência, que registra detalhes da prisão da dupla. As drogas estariam em um ônibus e foram apresentadas à Polícia Civil. Não há citações, contudo, à acusação de que o professor teria sido agredido a socos por um policial, como Guilherme disse em entrevista ao Grupo RCN de Comunicação na semana passada.

A polícia afirma na nota que as porções de drogas foram encontradas numa bolsa pessoal de Guilherme Lelis. Diz também que a dupla passou por audiência de custódia, na Justiça, no dia 26, e que foram mantidos presos.

No último parágrafo da nota, a polícia militar afirma que "tem suas ações norteadas no princípio de legalidade e em respeito à dignidade da pessoa humana".

O pedido de esclarecimento à PM foi feito devido às acusações feitas por Guilherme Lelis, com ressalva de que a instituição Polícia Militar não teria responsabilidade sobre a forma de ação dos policiais que executaram o flagrante.