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Ansiedade aumenta com a pandemia e psicóloga alerta 'é saudável, mas há limite'

Estudo diz que 41% dos brasileiros sofrem com ansiedade por causa da pandemia

5 JUN 2020 • POR Tatiane Simon • 11h30
Estudo diz que 26% dos brasileiros têm enfrentado dificuldades para dormir na pandemia - Divulgação/Agência Brasil

Quatro em cada dez brasileiros têm sofrido de ansiedade como consequência da pandemia do novo coronavírus. As mulheres são as mais afetadas: enquanto 49% se declaram ansiosas, 33% dos homens estão lidando com o sintoma no momento. Os dados fazem parte do levantamento pelo Ministério da Saúde. De acordo com a psicóloga do Hospital Auxiliadora, Janaína Sicuto, a ansiedade em níveis equilibrados pode ser saudável porque deixa a pessoa em alerta e mais cuidadosa.

“O problema é quando ultrapassa essa normalidade. A ansiedade ela é importante porque nos dá limite, nos orienta a seguir determinações porque temos o medo também. Mas quando vira um transtorno, aí é perigoso. A primeira medida é a aceitação. Não podemos negar que há a circulação de um vírus e que ele pode levar ao óbito. Depois, é preciso cada um fazer sua parte”.

A especialista também cita que é importante o exercício de autocontrole e manutenção de rotina.

De dia, a preocupação é com o uso de máscaras e a higienização correta de mãos e de objetos. Pela noite, a batalha é contra a insônia. O estudo diz que 26% dos brasileiros têm enfrentado dificuldades para dormir na pandemia.

Um em cada dez entrevistados admitiu estar lidando com sintomas de depressão como uma consequência da pandemia da Covid-19. Outros 14% disseram estar sofrendo de dores de cabeça crônicas. O Brasil é o país onde as pessoas mais admitem estar se alimentando em excesso por causa da Covid-19. Quatro em cada 10 brasileiros ouvidos declararam estar comendo demais em decorrência da pandemia.

Com o aumento da ansiedade, estresse e depressão, o Ministério da Saúde criou um canal de tele atendimento. A ligação é de graça e do outro lado do telefone ficam psicólogos e psiquiatras. Basta ligar para o 0800-644-6543.