POLÍTICA

PSOL terá única chapa feminina nas eleições de Campo Grande

Cris Duarte e Val Eloy terão plataforma de governo voltado para mulheres

16 SET 2020 • POR Gabi Couto/CBN/Assessoria de Imprensa • 18h54
Val Eloy e Cris Duarte serão as represenantes do PSOL nas eleições do dia 15 de novembro - Divulgação

O PSOL lançou a única chapa feminina até o momento para a disputa da prefeitura de Campo Grande. O partido terá Cris Duarte e Val Eloy. Na chapa proporcional serão seis pré-candidatos e uma candidatura coletiva na briga por uma cadeira do Legislativo Municipal. 

Segundo Cris Duarte, o plano de governo da gestão delas será voltado para mulheres. Ela também afirmou que pretende criar uma moeda e um hospital municipal. Diferente das outras legendas, Cris prefere chamar a companheira de chapa de coprefeita. Ambas apresentarão dois programas para a cidade, uma para a população geral e outra voltada para os povos indígenas. 
 

jpnews · SONORA CRIS DUARTE

Cris Duarte

Tem 45 anos nascida e criada em Campo Grande/MS , é mãe, psicóloga, mas durante vários anos foi professora na rede estadual de ensino. Há 20 anos milita na defesa dos Direitos Humanos com foco na defesa dos Direitos das mulheres e população LGBTQI+. 

Trabalhou como técnica social em projetos habitacionais da PLANURB e EMHA e consultora em diversas ONGS, fundações, órgãos públicos municipais, estaduais e federais, dentre eles MEC, Ministério da Saúde e Fiocruz. 

 Atuou como Coordenadora Educacional do Programa de Inclusão de Jovens (PROJOVEM) na FUNSAT em 2009.

Foi presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Assessora Técnica no Conselho Municipal de Saúde e membro do Conselho Regional de Psicologia MS. 

É idealizadora e diretora de uma revista de circulação nacional (Revista EmPODERe). Se filiou ao PSOL em 2019 e hoje está presidente do partido na capital. 

Val Eloy - Coprefeita

Mulher Terena, proveniente da Aldeia Ipegue no município de Aquidauana e fundadora da Aldeia Urbana Tumuné Kalivono (“Futuro da Criança”, na Língua Portuguesa), que atualmente se chama Inamati Kaxé (“Novo Dia”, na Língua Portuguesa), em Campo Grande, onde foi a primeira mulher cacique na aldeia e segunda cacique mulher de toda a história do povo Terena, antecedida por Enir (Marçal de Souza).

Val já residiu na aldeia e também já residiu na cidade, perpassou por esses dois mundos e contextos onde os povos indígenas estão inseridos hoje. Enquanto conviveu na aldeia em área rural, percebeu o quanto a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) é sucateada, a educação escolar indígena fragilizada e o território negado.

Já como moradora de uma aldeia dentro de Campo Grande, percebeu que a invisibilização e abandono por parte dos agentes públicos para com os indígenas era bem maior: a SESAI nega atendimento, a educação escolar rejeita o conhecimento ancestral indígena e sufoca as culturas e o território que além de negado é também marginalizado geográfica e socialmente.

Segundo dados das lideranças, Campo Grande possui 17 mil indígenas. O Plano de Governo aqui delineado representa o ativar da governança indígena de Campo Grande e assume o compromisso com esses povos de trazê-los a luz das políticas públicas. Esse mandato promete pintar com urucum e jenipapo a capital até que não reste mais dúvidas de que Campo Grande é solo ancestral e sagrado indígena.