CONSUMO

Setor da construção se recupera e preços disparam

Aquecimento do mercado da construção civil e novos projetos imobiliários aumentaram preços de produtos para consumidor

27 OUT 2020 • POR Ginez Cesar / Thais Cintra CBN • 12h46

A retração econômica no início pandemia gerou instabilidade para o setor de construção civil, porém, ao longo dos meses, muitas empresas do segmento registraram alta nos preços de materiais de construção, devido à demanda. O cenário é reflexo do consumo maior de produtos e serviços específicos, já que as pessoas estão mais em casa. 

A Rádio CBN Campo Grande recebeu nesta terça-feira (27), o presidente da Associação dos Construtores de MS, Adão Castilho, que elencou quais fatores influenciam o aumento dos preços e insumos do ramo imobiliário. Segundo Castilho, alguns itens básicos como o cimento, tiveram aumento de mais de 35% desde o início do mês de março.

“Nos primeiros 30 dias da pandemia, projetos de várias empresas foram engavetados, e em contrapartida as vendas alavancaram em torno de 26%. Os empresários retomaram a construção, mas com a indústria parada, com os fornos desligados e aumento do dólar, o setor teve problemas para manter o estoque, e isso afetou o preço dos produtos”, explicou.  

Ainda segundo o presidente, a alta é crescente não apenas em Mato Grosso do Sul, mas no Brasil de modo geral. “O preço do cimento aumentou mais de 30%, tijolos em torno de 40%, aço em torno de 36%, parte hidráulica quase 100%, e o cobre quase 150%, tanto que o fio de 2,5m que era vendido a R$ 93, hoje custa R$290 no distribuidor”, afirmou.

Castilho alega que em 2011 houve um ápice da construção civil no Brasil, devido à taxa celic em 14% e que em 2019 havia perspectiva de projeção de crescimento econômico para o segmento.

Ele reforça que as empresas precisam se unir para fortalecer a economia e que os empresários devem se alinhar, pois “o ganho está na indústria, o que onera a cadeia demasiadamente”, pontuou. Conforme expectativa da Acomasul, mesmo com todos os obstáculos perante a realidade econômica, o ano de 2021 promete ser promissor para a construção civil. Confira: