MS recebe oito ministros em menos de quatro meses

Nunca na história política Mato Grosso do Sul recebeu tantos representantes de Estado

Entre os meses de junho e setembro, oito ministros vieram a Mato Grosso do Sul, o que representa quase duas visitas por mês de ministros de Estado. Só no mês de agosto, quatro ministros estiveram por aqui atendendo o estado com assinaturas de convênios e liberação de recursos, algo inédito na política regional. Conforme o colunista Adilson Trindade, o estado, mesmo sendo um colégio eleitoral pequeno em comparação às unidades federativas do Sudeste, Nordeste e Sul, está no radar do presidente Jair Bolsonaro.

“Até porque não era nada fácil para trazer um ministro ao Estado, mesmo com governador sendo aliado do presidente da República. E não é o caso de Mato Grosso do Sul, onde o governador Reinaldo Azambuja não é aliado, mas também não bate de frente com Planalto”, avaliou. Bolsonaro tem uma identificação muito grande com o estado, particularmente, com Nioaque onde ele morou por três anos”, descreve.

O estado foi o primeiro no qual Bolsonaro viveu fora do Rio de Janeiro, onde se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1977. Um ano depois, ainda como tenente, Bolsonaro integrou o 21º Grupo de Artilharia de Campanha no RJ em 1978, e logo em seguida, foi transferido para o 9º Grupo de Artilharia de Campanha de Nioaque, onde serviu de 1979 a 1981. Ele era treinador do time de futebol formado pelos militares.

E até na campanha eleitoral, Bolsonaro fez questão de passar por Nioaque. E já como presidente da República, Bolsonaro visitou, de novo, o quartel onde serviu. E uma das promessas de campanha de Bolsonaro é dar uma atenção especial a Mato Grosso do Sul e isso está acontecendo. Já passaram por aqui esse ano, o ministro da Defesa, general Braga Neto. Ele visitou o Estado em 30 de junho. Já no mês seguinte, dia 27, desembarcou o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque.

No dia 6 de agosto, começou com a visita do ministro de Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. Três dias depois, chegou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. No dia 19, foi a vez do ministro da Justiça, Anderson Torres, vir a Mato Grosso do Sul.