Assassinato de ex-vereador e corretor seria acerto de contas

Ambos foram fuzilados nesta segunda-feira (27) e crimes podem estar relacionados

Os dois assassinatos registrados nesta segunda-feira (27) na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, podem ter relações com acerto de contas no mundo do crime. É o que apontam as primeiras informações apuradas pelo setor de investigações da Polícia Nacional.

Os primeiros levantamentos indicam que Joanir Viana, 53 anos e, Jorge Garcia Ortega, de 27 anos, eram vistos juntos frequentemente.

Joanir possui passagem por tráfico de drogas, tendo sido condenado a 14 anos de reclusão, enquanto Jorge Garcia, que seria comparsa de Joanir, não possui registro policial, conforme informado por investigadores do Paraguai.

Jorge Garcia foi fuzilado por volta de meio dia em um bairro em Pedro Juan Caballero.

Já Joanir Viana foi executado cerca de duas horas depois, em Ponta Porã. Ele seguia em um veículo utilitário F-1000, cor verde, pela rua Paraguai, quando foi alvejado por disparos de arma de fogo de grosso calibre.

De acordo com relato de testemunhas, dois homens em uma moto emparelharam com o carro do ex-vereador de Ponta Porã e o carona efetuou os tiros.

Joanir ainda tentou fugir, abrindo a porta mas caiu morto segurado pelo cinto de segurança.

Antes, o suposto comparsa de Joanir Viana, Jorge Ortega Garcia, foi executado em uma emboscada. A execução ocorreu por volta de meio-dia no Jardim Aurora. Segundo o comissário da Polícia Nacional Amado Galeano, titular da 7ª Comissaria (espécie de delegacia), a vítima foi identificada como Jorge Ortega García, 27.

O paraguaio foi morto por pelo menos três homens em uma caminhonete verde da marca Renault. Conforme informações apuradas pela polícia, os pistoleiros usavam armas longas, possivelmente, fuzis automáticos.

Tráfico

Empresário do ramo de pneus no distrito de Sanga Puitã, Joanir Subtil Viana, de 53 anos, foi vereador pelo MDB em Ponta Porã. Em 2012, cogitou ser candidato a prefeito, mas sua condenação por tráfico o impediu de realizar o sonho de administrar Ponta Porã.

Foi preso em uma megaoperação da Polícia Federal com 93 kg de cocaína pura e foi acusado de integrar uma quadrilha internacional de drogas.