Bin Laden pede guerra santa contra Israel em Gaza

Os ataques na Faixa de Gaza, iniciados em 27 de dezembro, já deixaram mais de mil palestinos mortos

15 JAN 2009 • POR Redação • 07h35
O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, pediu por uma ?jihad? (guerra santa) contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza

O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, pediu por uma “jihad” (guerra santa) contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza em nova fita de áudio publicada ontem (14), nas páginas de internet islâmicas. A fita, intitulada "Pedido por Jihad para parar a agressão contra Gaza", tem data do mês islâmico corrente, mas sua autenticidade não foi verificada, porém a voz se parecia com a do extremista em declarações anteriores.
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza, iniciados em 27 de dezembro, já deixaram mais de mil palestinos mortos. Israel argumenta que mantém a operação para interromper o lançamento de foguetes por militantes em seu território. O alvo israelense é o grupo militante islâmico Hamas, que controla Gaza.
Na fita de 22 minutos, Bin Laden disse que os Estados Unidos estão perdendo sua posição hegemônica no mundo e que isso se deve à campanha da Al-Qaeda. "A jihad de seus filhos contra a coalizão cruzado-sionista é uma das razões principais desses efeitos destrutivos entre nossos inimigos". "O grande e rápido declino da influência da América é uma das mais importantes motivações para os israelenses terem travado um ataque bárbaro contra Gaza, em um desejo de aproveitar os últimos dias do mandato do presidente Bush e dos neoconservadores".
A Casa Branca disse que a fita de áudio demonstra o isolamento do líder da Al-Qaeda. Para o governo americano, a gravação é provavelmente uma tentativa de arrecadar dinheiro. "Parece que essa gravação demonstra o seu isolamento e suas tentativas constantes de continuar relevante, numa época em que a ideologia, a missão e a agenda da Al-Qaeda estão sendo questionadas e desafiadas no mundo todo", disse o porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe.

OBAMA

O líder da Al-Qaeda afirmou que Bush deixou o presidente eleito Barack Obama com "duas opções amargas", e questionou se o próximo líder americano seja capaz de manter a luta contra a Al-Qaeda e outros grupos terroristas. "Deus nos dotou da paciência para prosseguir no caminho da jihad por mais sete anos, e ainda sete e mais sete... A pergunta é: “será que a América levará adiante sua guerra contra nós por várias décadas ainda?” Os relatos e as evidências sugerem o contrário."  "De fato, 75% dos americanos estão felizes com a saída do presidente que os colocou em uma guerra que eles possivelmente não ganharão".
Bin Laden afirma que o presidente Bush afundou o povo americano no desastre econômico e deixou "seu sucessor com um legado difícil, e o deixou com uma das duas opções mais amargas. A pior herança é quando um homem herda uma longa luta de guerrilha com um inimigo paciente e perseverante - uma guerra que foi financiada pela usura. Se ele (Obama) se retirar da guerra, seria uma derrota militar, mas se prosseguir, se afundará na crise financeira".