CANDIDATA AO SENADO

Tereza Cristina passa chefia de ministério para ex-deputado do PSD de Minas

Passagem do cargo acontece às 14h (de MS), em Brasília, na sede da pasta; substituto é o ruralista mineiro Marcos Montes

30 MAR 2022 • POR Nyelder Rodrigues • 15h30
Tereza - que está ao lado de Montes - será o braço direito de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul durante a campanha eleitoral - Divulgação

A sul-mato-grossense Tereza Cristina, ministra da Agricultura e candidata do PP local para o Senado em outubro, vai sair oficialmente da pasta nesta quinta-feira (31) em cerimônia onde  passará o cargo para o ex-deputado federal Marcos Montes, do PSD. A sigla é a mesma dos irmãos Trad - Fabio, deputado federal; Nelsinho, senador; e Marquinhos, prefeito da Capital.

Montes tem 73 anos e foi deputado federal entre os anos de 2007 e 2018, ou seja, por três mandatos. Nesse período ele foi líder de bancada, além de presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, cargo também já ocupado por Tereza no Congresso.

Sem disputar o pleito eleitoral de 2018, ele assumiu a secretaria-executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) logo depois que foi dado posse aos ministros escolhidos por Jair Bolsonaro no início de sua gestão no Planalto. 

Agora, Montes assume o comando da pasta que cuida do setor rural brasileiro e toda a produção derivada do primeiro setor. O ato sinaliza, de certa forma, uma aproximação do PSD - criado e comandando nacionalmente por Gilberto Kassab - com Bolsonaro. 

TEREZA CANDIDATA

Montes novamente não vai disputar as eleições, ao contrário de Tereza, que será candidata ao Senado em Mato Grosso do Sul. Ela, que estava no DEM até a fusão com o PSL, criando assim o União Brasil, migrou para o PP. Nessa legenda ela é a presidente regional e deve funcionar como principal articuladora e "palanque" de Bolsonaro na campanha eleitoral.

Ontem (29), a ministra fez uma espécie de pré-despedida do cargo em evento ao lado de Bolsonaro e do pré-candidato ao governo sul-mato-grossense, Eduardo Riedel (PSDB). "Confesso que achei que o senhor era meio maluco quando me convidou. E convidou com um propósito maior, que era unir toda a agricultura brasileira", disse Tereza, ao se referir ao presidente.

O evento aconteceu no tradicional assentamento Itamarati, em Ponta Porã. Diante de um grande público, Tereza foi aclamada com gritos de "senadora, senadora" ao terminar o discurso. A aclamação do público foi comemorada por Tereza com um grito de "irru".