TRÁFICO INTERNACIONAL

Campo-grandense preso em SP após monitoramento de inteligência era procurado desde 2017

Foragido era um dos líderes da facção que atua na entrada de drogas em países da América do Sul, Europa e África

3 ABR 2022 • POR Redação • 10h30
Foto: Tima Miroshnichenko (Pexels)

Conhecido pelo apelido de "Londres" dentro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) A.R.A., de 49 anos, já teve várias condenações na justiça que, somadas, chegam a quase 50 anos de prisão por crimes como tráfico internacional de armas e drogas, além de associação para o tráfico. A Polícia Federal de Ponta Porã, MS, monitorava remotamente o veículo usado pelo traficante, uma Land Rover Discovery preta.

Por meio de um sistema inteligente do Ministério da Justiça, uma rede de identificação que rastreia veículos a partir de radares instalados no trânsito para a leitura de placas, os agentes federais emitiram um alerta para a polícia paulista sobre os locais por onde A.R.A. passava e, às 2h40 da madrugada de sábado (2), o veículo foi interceptado por uma equipe da Força Tática da Polícia Militar de São Paulo, na cidade de Limeira, SP.  Ele estava sendo monitorado pelo Grupo Especial de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gisefac), dentro de uma 'muralha digital' que integra a rede de monitoramento.

 Fotos: Divulgação PF/MS

No momento da prisão, o criminoso apresentou documentos falsos aos policiais. As investigações sobre Londres revelam que a principal atuação dele era em operações ligadas ao tráfico na Bolívia, de onde adquiria grandes quantidades de cocaína, tendo como finalidade exportar principalmente para países da Europa. Parte da droga também era distribuída no Brasil. O criminoso foi encaminhado para a delegacia da Polícia Federal de Piracicaba, SP, e está à disposição da Justiça. 

Além de ocupar posição de destaque na facção, Londres teria grande proximidade com G.A.D.S, o "Fuminho", um importante chefe da organização criminosa, preso em Moçambique, na África, há dois anos. Fuminho é considerado o braço direito de M.W.H.C., o "Marcola", narcotraficante condenado a mais de 340 anos de detenção e apontado como chefe máximo da organização criminosa. Marcola foi preso pela última vez há mais de 20 anos, passando por diversas penitenciárias. Atualmente cumpre pena no presídio federal de Porto Velho, Rondônia.