Preservação

Projeto quer coibir degradação e extinção de animais do Parque do Pombo

Biólogos usam câmeras para identificar e catalogar espécies existentes no habitat

3 MAI 2022 • POR Flávio Veras • 07h51
Imagem capturada de um tamanduá-bandeira, no Parque do Pombo - Semea/Divulgação

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea) e o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) divulgaram nesta semana o resultado preliminar do monitoramento da fauna existente no Parque Natural Municipal do Pombo.

De acordo com a Semea, o trabalho foi iniciado em fevereiro e utiliza imagens capturadas por 5 câmeras de monitoramento instaladas em pontos estratégicos do Parque.

De acordo com o biólogo do órgão, Flávio Fardin, o objetivo é identificar e catalogar as espécies existentes para desenvolver um trabalho de preservação à vida silvestre. O tatu-canastra, por exemplo, é um animal em extinção que pode estar presente no Parque.

“Já foram registrados animais como a seriema, tamanduá, cachorro-do-mato e anta, apesar de já terem sido visualizados vestígios do tatu-canastra no parque, o animal ainda não foi capturado pelas armadilhas fotográficas”, destaca.

O biólogo do ICAS, Gabriel Massocato, diz que está prevista a instalação de mais de 50 câmeras no parque, “as quais darão um panorama geral sobre os animais existentes na região para orientar futuras estratégias de preservação”, frisa. 

O ICAS desenvolve pesquisas com diversas espécies da fauna, com destaque para o Projeto Tatu-Canastra no Pantanal.

Para o secretário de Meio Ambiente, José Mauro De Grandi Júnior, “é motivo de orgulho para Três Lagoas a existência do Parque do Pombo e é missão da Semea proteger e garantir que nosso bioma Cerrado perdure para as próximas gerações, com sua riqueza de fauna e flora”.

O Parque Natural Municipal do Pombo se trata do maior remanescente de cerrado no Município de Três Lagoas, com mais de 8 mil hectares abrigando centenas de espécies vegetais e animais, alguns ameaçados de extinção.