Autoconhecimento é chave de liderança para ativar inteligência coletiva

Representantes debatem necessidade de reconexão entre líderes e colaboradores na cultura organizacional

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Pesquisa internacional da Price Waterhouse Coopers (PWC) de 2021, mostra que 69% das lideranças empresariais entrevistadas, consideram que parte do sucesso obtido nos negócios durante a pandemia de covid-19, está ligado aos valores e ambiente interno nas organizações. Isso mostra que as empresas estão buscando novas estratégias para tornar as relações mais humanas no ambiente de trabalho. Segundo o CEO do Grupo Unità Educacional e Professor da Inova Business School, Marcelo Veras, na cadeia, os gestores vão ter que assumir suas vulnerabilidades e forças, através do autoconhecimento, e assim ativarem a inteligência coletiva.  

“A escola clássica da gestão de 1950 até 2015, aproximadamente, vendeu uma tese de que nos cargos de liderança, os gestores tinham que ser quase um ‘Deus’ e estarem presentes em tudo. Na prática, isso nunca existiu. Agora, o nível de consciência das pessoas está mudando e a pandemia mostrou que somos muito frágeis. Então a gente precisa entender que a liderança vai ter que assumir através de um processo de autoconhecimento, suas vulnerabilidades e forças, mas ativar a inteligência coletiva”, analisa.

Segundo Veras, resultados bons se consegue com equipes boas. “Se meu resultado é através das pessoas, o que tenho que fazer com elas? Desenvolve-las. Daí a minha tese da fusão de educador e gestor na chamada liderança educadora”, destaca. A afirmação do educador foi feita durante o “Amcham CEO Fórum”, evento promovido pela Câmara Americana de Comércio nesta quarta-feira (22), na Expo Bosque dos Ipês em Campo Grande.

Durante a ação, outros palestrantes também compartilharam conhecimentos da cultura organizacional. O fundador e presidente do Conselho da Multicoisas, lindolfo Martin, que iniciou a franquia de produtos de utilidades, na capital em 1979, hoje conta com mais de 200 lojas em todo o país.  Ele afirma que mudanças tecnológicas estão tornando o mundo mais “encaixotado e clonado”, e que é preciso se atentar às questões sustentáveis.

“A diversidade verdadeira não está acontecendo. A gente acompanha as mídias sociais e esquecemos de ser originais, o que somos e procuramos. Parece que queremos ser algo que não representa os nossos sonhos, no mundo encaixotado e clonado. Acho que Mato Grosso do Sul está descontamindado da área tech e estamos muito ligados às coisas de naturezas, ao agro. Apesar de tudo, a gente está indo bem na transformação do futuro, tem que só cuidar da natureza pra andarmos junto com ela”, afirma.   

Os últimos anos foram atípicos no quesito conexão e isso impactou a cultura de gestão e a rotina de diversas empresas, equipes e pessoas. O encontro também abordou  a importância de se conectar ao que realmente importa, e desconectar do que não é necessário. De acordo com Elcio Trajano Junior, diretor de Recursos Humanos da Eldorado Celulose, um dos elementos chave nas organizações é a comunicação.

“Lógico que a forma de se comunicar vem alterando muito rapidamente, tecnologicamente e digitalmente com outras plataformas. Por isso devemos nos adequar e reaprender a utilizar melhor a comunicação, como aprender a falar com as pessoas de diversas gerações.  A comunicação vem para melhorar a conexão entre as pessoas, pra gerar maior engajamento e aumentar produtividade das empresas”, pontua.

Sobre o Fórum 

O evento é a principal marca e produto de conteúdo da Amcham. Considerado ponto de encontro obrigatório dos principais líderes empresariais do país, o CEO Fórum em 2022 realiza 14 edições regionais com encontros presenciais e exclusivos para conexão, insights e networking entre executivos associados à Câmara Americana.

No dia 29 de junho haverá um fórum nacional 100% digital, para encerrar o ciclo de conteúdo da temporada anual. Confira a programação completa no site: https://conteudo.amcham.com.br/ceo-forum